Ciência e Tecnologia

Assim como os humanos, os mosquitos abrigam em seus intestinos uma enorme variedade de bactérias. Estudos recentes sugerem que modular o perfil desse microbioma pode ser uma estratégia para tornar os insetos mais resistentes à infecção por patógenos. Trata-se, portanto, de uma forma alternativa de controlar a disseminação de doenças como dengue, Zika, febre amarela, chikungunya e malária, entre outras. O tema foi abordado por George Dimopoulos, professor da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health (Estados Unidos), durante a Escola São Paulo de Ciência Avançada em Arbovirologia.

Uma nova vacina contra a tuberculose – mais potente do que a atualmente usada na imunização de crianças – está sendo desenvolvida no Instituto Butantan com apoio da FAPESP. Resultados promissores de ensaios pré-clínicos, feitos com camundongos, foram publicados na revista Scientific Reports, do grupo Nature.

O Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio da Embrapa Instrumentação desenvolveu, com apoio da FAPESP, um fertilizante de liberação controlada desenvolvido à base de hidrogel com capacidade de absorver até mil vezes o seu peso em água. O produto é aplicado em pó no solo. Em contato com a chuva ou por meio de sistemas de irrigação, o fertilizante absorve grande volume de água e a libera junto com o nutriente de forma controlada.

Nos últimos anos, uma categoria de materiais começou a despertar o interesse de pesquisadores por sua flexibilidade e diversidade de aplicações como catalisadores, sensores e transportadores de fármacos. São os hidróxidos duplos lamelares (HDL) – materiais formados pelo empilhamento de camadas metálicas com cátions divalentes e trivalentes (íons com carga positiva, capazes de doar dois e três elétrons, respectivamente, quando se ligam a outros átomos), alternadas com camadas de íons com carga negativa (ânions).

Em comemoração aos seus 130 anos, o Instituto Agronômico (IAC) lança duas variedades de cana-de-açúcar: a IACSP01-3127 e a IACSP01-5503. Elas têm perfis diferentes e alto desempenho. Segundo o IAC, as variedades, desenvolvidas desde 2001, apresentam ganhos agroindustriais em torno de 15% quando comparadas com a variedade mais cultivada no Centro-Sul do Brasil, que é a RB867515. A IACSP01-5503 é bastante rústica e muito competitiva em ambientes restritivos, onde os solos armazenam pouca água e têm baixa fertilidade natural.

virus zikaQuem é infectado pelo vírus Zika depois de já ter tido dengue aparentemente não apresenta uma enfermidade mais severa do que pessoas sem contato prévio com o vírus da dengue. Essa conclusão decorre de um estudo publicado no dia 20 de junho na revista Clinical Infectious Diseases, realizado com 65 pessoas que moravam em São José do Rio Preto, no norte do Estado de São Paulo, região em que a dengue é endêmica e na qual o Zika se disseminou durante a epidemia de 2016.

Um polímero extraído do caule do cajueiro (Anacardium occidentale) pode se tornar uma importante ferramenta no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, condição que afeta cerca de 12% da população mundial, segundo experimentos conduzidos na Universidade Federal do Ceará (UFC). Resultados da pesquisa foram apresentados por Marcellus Souza, professor do Departamento de Medicina Clínica da UFC e ex-bolsista de doutorado da FAPESP, durante o Third International Symposium on Inflammatory Diseases (INFLAMMA III).

Um grupo de cientistas identificou pela primeira vez no Brasil, em Aracaju (SE), um mosquito da espécie Aedes aegypti infectado naturalmente pelo vírus causador da febre chikungunya. O relato foi publicado na revista PLoS Neglected Tropical Diseases. Segundo os autores, a descoberta reforça o rol de evidências de que o Aedes aegypti foi o principal vetor envolvido nos surtos da doença registrados em 2015 e 2016, principalmente no Nordeste brasileiro.

De tudo o que a ciência contemporânea é capaz de observar no Universo, não há nada que supere ou sequer se compare, em funcionalidade, plasticidade e eficiência, ao próprio cérebro humano. O cérebro é capaz de um processamento maciço de informação em paralelo, consumindo, por evento sináptico, uma quantidade de energia da ordem do femtojoule, 10-15 J [para efeito de comparação, uma lâmpada comum de 100 watts consome, a cada segundo, uma quantidade de energia 100 quatrilhões de vezes maior].

“O Sistema Terra e a Evolução da Vida durante o Neoproterozoico” será o tema do Seminário do Departamento de Geofísica do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP no dia 22 de junho de 2017, às 16h30. O palestrante será Ricardo Ivan Ferreira da Trindade, professor no IAG.

Um novo método para monitorar em tempo real a acumulação de nanopartículas magnéticas em órgãos como o fígado foi descrito por pesquisadores brasileiros na revista Nanomedicine: Nanotechnology, Biology and Medicine. Como explicam os autores, esse tipo de nanopartícula tem sido testado em modelos animais tanto no diagnóstico como no tratamento de diversas doenças, entre elas o câncer. Entre as possibilidades futuras está o uso como carreador de fármacos ou como agente de contraste em exames de ressonância magnética nuclear.

Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) descobriram um novo vírus em ave migratória. O achado é tão raro que pode até ser considerado um golpe de sorte. Sobretudo quando o vírus em questão é o assim nomeado paramixovírus aviário 15, da mesma família do paramixovírus aviário 1 causador da doença de Newcastle, que não representa riscos para humanos, mas pode ser letal em aves.

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