Segundo Trindade, ainda se conhece pouco o Sistema Terra do Neoproterozoico, quando condições climáticas e tectônicas extremas podem ter amplificado os efeitos diretos e indiretos do meio ambiente na biologia e vice-versa.
“Pretendemos avançar neste tema a partir da integração de dados sobre a composição química dos oceanos, a evolução da vida e a configuração paleogeogrática do planeta entre o 600 e 500 milhões de anos”, disse.
“Para tal, está sendo desenvolvido um Projeto Temático FAPESP que integra quatro subprojetos: 1) estudo sedimentológico e geocronológico de alta resolução de três bacias, no Brasil e na África, compreendendo o intervalo de interesse; 2) análise detalhada do registro paleontológico dessas sucessões sedimentares, bem como a investigação da fisiologia, ecologia e evolução dos primeiros metazoários de modo a verificar as conexõess entre a evolução na vida e as mudanças no estado redox e na composição química dos oceanos; 3) estudo geoquímico e isotópico das mesmas sucessões sedimentares de modo a gerar um registro das variações dos ciclos biogeoquímicos nos oceanos; 4) reconstruir a paleogeografia do Neoproterozoico, que ainda é pouco conhecida, incluindo a definição do relevo das cadeias de montanhas, que é um dos elementos mais importantes para as reconstruções paleoclimáticas e paleooceanográficas”, disse Trindade.
Na palestra, o pesquisador detalhará como o projeto abordará esses temas e abordará possibilidades de colaboração dentro do IAG.
O evento é gratuito e não precisa de inscrição prévia.
Mais informações: www.iag.usp.br/eventos e (11) 3091-4763.
Agência FAPESP