Ciência e Tecnologia

A Comissão Europeia lançou no dia 15 de março chamada de proposta para a criação de um consórcio internacional e multidisciplinar em toda a América Latina e regiões de risco para implementar pesquisas relacionadas ao surto de vírus Zika, atualmente em curso. Como o Brasil é considerado o país mais afetado pelo Zika, instituições brasileiras são elegíveis, de acordo com o texto da chamada Addressing the urgent research gaps against the Zika virus and other emerging threats in Latin America. O prazo de submissão encerra em 28 de abril.

Para os botânicos, cada planta revela uma história. Dados preciosos sobre uma determinada espécie, como suas características anatômicas e genéticas ou sua localização na natureza, podem ser obtidos pelo estudo das amostras vegetais coletadas pelos pesquisadores. Essas amostras são depositadas nos herbários, que armazenam coleções de plantas, conservadas em meio líquido ou desidratadas, e organizadas segundo uma sistemática, para fins de pesquisa científica.

Na primeira vez em que a Sociedade Brasileira de Herpetologia publicou uma lista das espécies de répteis do Brasil, em 2005, o país era o lar de 633 espécies. Em 2015, na listagem mais recente, essa diversidade pulou para 773 espécies de répteis – um salto de 22%. O Brasil é o terceiro maior celeiro de diversidade de répteis, atrás da Austrália e do México. Essa riqueza biológica insubstituível está repartida entre 36 espécies de tartarugas, cágados e jabutis (Testudines), 6 espécies de jacarés (Crocodylia) e 731 espécies de Squamata (73 anfisbênias, 392 serpentes e 266 lagartos).

Um teste capaz de diagnosticar em amostras de sangue a presença de anticorpos específicos contra o vírus Zika foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). O grupo, formado por Paolo Zanotto, Luís Carlos de Souza Ferreira e Edison Luiz Durigon, integra a Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus em São Paulo (Rede Zika) – força-tarefa criada no fim de 2015 com apoio da FAPESP.

biosensoreA fabricação de um arranjo de eletrodos composto por nanopartículas de ouro impressas por jato de tinta em plástico flexível foi tema do artigo “Inkjet-Printed Flexible Gold Electrode Arrays for Bioelectronic Interfaces”, que foi capa da revista Advanced Functional Materials. O material – que, entre outras aplicações, pode ser utilizado como biossensor – foi desenvolvido na Universidade da Califórnia em Berkeley (UCB) e na Universidade de São Paulo (USP),

Quando se pensa em paleontologia, a primeira imagem que quase sempre vem à cabeça é a de um dinossauro. Há quem recorde os mamutes ou tigres-dentes-de-sabre. Mas quem é que vai lembrar de moluscos e invertebrados? “Pouco se fala dos invertebrados no Brasil, diz Jeanninny Carla Comniskey, doutoranda em paleontologia. Os paleontólogos, segundo ela, “sofrem” com a falta de interesse sobre invertebrados e com o pequeno número de profissionais na área.

Apis melliferaUma pesquisa com participação da PUCRS recebeu espaço na Revista Science em janeiro de 2016. O artigo Mutually beneficial pollinator diversity and crop yield outcomes in small and large farms faz parte de um projeto internacional que envolve 18 países, entre eles o Brasil, de três continentes: África, Ásia e América do Sul.

Raro e bastante agressivo, o melanoma de mucosa é caracterizado por lesões hiperpigmentadas que variam do castanho claro ao preto e podem aparecer na cavidade oral, nas fossas nasais ou nos seios paranasais – também conhecidos como seios da face. Ao avaliar dados de 51 pacientes diagnosticados com a doença e tratados no A.C. Camargo Cancer Center entre 1954 e 2012, pesquisadores da instituição observaram clara associação entre diagnóstico tardio e menor sobrevida.

O Instituto de Física da USP realizará, no dia 17 de março de 2016, a partir das 16h, a palestra “O novo síncrotron brasileiro: ‘are we Sirius’?”, com o professor Antonio José Roque da Silva, diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e professor titular do instituto. O uso de luz síncrotron, pelas mais variadas áreas do conhecimento, tem tido mundialmente um crescimento contínuo. Isso, em parte, se deve ao aumento sistemático do brilho ao longo dos anos, o que permite novos experimentos e novas técnicas.

Na terça-feira, 8 de março, a FAPESP recebeu a visita do conselheiro de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França em Brasília, Alain Bourdon, acompanhado de Gérard Chuzel e Sandra Fernandes, respectivamente adidos de Cooperação para a Ciência e a Tecnologia e de Cooperação e Ação Cultural do Consulado da França em São Paulo. Eles foram recebidos por Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente da Fundação, Alexandre Roccatto, gerente de área científica, Ana Maria Fonseca Almeida, coordenadora adjunta da área de Ciências Humanas e Sociais, e Fernando Menezes, assessor da presidência.

Llanosuchus tamaensisUma nova espécie extinta de crocodilo foi encontrada na Argentina. Ele viveu há 80 milhões de anos, era pequenino e não era carnívoro. Muito ao contrário dos crocodilos atuais, o Llanosuchus tamaensis, ou o crocodilo dos llanos, planícies semiáridas do norte da Argentina, tinha hábitos onívoros e herbívoros. É o que denuncia o formato de seus dentes fossilizados. A descrição do bicho, publicada no periódico Cretaceous Research, foi liderada pelo paleontólogo argentino Lucas Fiorelli, do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (Conicet), entre outros.

Se utilizadas com critério, as águas subterrâneas podem ser um importante recurso complementar para o enfrentamento da crise hídrica. No entanto, a perfuração indiscriminada de poços e o consumo excessivo estão levando os aquíferos da Região Metropolitana de Recife ao limite de uma salinização irreversível. Ao mesmo tempo, os aquíferos da Região Metropolitana de São Paulo – que poderiam, com baixo investimento e em prazo relativamente curto, proporcionar um aporte adicional de 1 metro cúbico de água boa por segundo – encontram-se subutilizados.

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