Ciência e Tecnologia

Um novo método de análise estatística e um software desenvolvidos na Universidade de São Paulo (USP) deverão facilitar o estudo do genoma da cana-de-açúcar e abrir caminho para pesquisas que auxiliem o melhoramento genético da planta. Os resultados da pesquisa foram publicados em artigo na revista PLoS One.

O ácido valproico, droga amplamente utilizada no tratamento de surtos epilépticos, afeta marcas epigenéticas do DNA, provocando alterações estruturais importantes na cromatina, estrutura que regula diversos processos essenciais para funções celulares. Publicada na revista PLoS One, a descoberta foi feita por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A Scientific Electronic Library Online (SciELO) Brasil continua na liderança entre os maiores portais de publicações científicas em formato eletrônico e de acesso aberto e gratuito no mundo. A confirmação foi feita pelo novo Ranking Web of World Repositories, conhecido como Webometrics, que mede a visibilidade de repositórios científicos nos principais mecanismos de busca da internet.

meteoA Organização Mundial de Meteorologia (OMM) oferece em seu website dois novos produtos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) voltados a aplicações que dependem de sinais de geoposicionamento de alta fidelidade, como agricultura de precisão, operações de resgate, construção civil, perfurações e atividades científicas.

Calcula-se que até o fim deste século cerca de 7 mil idiomas atualmente em uso no mundo poderão desaparecer definitivamente. Mas a tecnologia digital está sendo utilizada com grande eficácia para salvar diversas línguas ameaçadas de extinção. A importância cultural de preservar o máximo possível dessas línguas é indiscutível. Quanto mais línguas forem bem conhecidas, melhor se compreenderá como o processo de conhecimento humano opera e como ele se codifica em padrões linguísticos. E o êxito de alguns experimentos recentes traz otimismo para essa empreitada.

Características boas e ruins da mente de recém-nascidos, que até pouco tempo atrás eram consideradas como enclausuradas naquela fase da vida sem retorno possível, podem ser retomadas mais tarde, segundo pesquisas apresentadas durante a conferência anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS), que terminou no dia 20 de fevereiro, em Vancouver, Canadá.

AmazôniaEdição da revista Nature de janeiro deste ano destaca o experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), projeto que vem sendo desenvolvido há mais de vinte anos pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) em parceria entre diversas instituições, com a coordenação do professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física (IF) da USP.

Se o Brasil não investir em diagnóstico e tratamento das infecções assintomáticas pelo parasita da malária, especialmente nos assentamentos agrícolas da região amazônica, o sucesso do país na luta contra a doença permanecerá apenas parcial. A análise é de Marcelo Urbano Ferreira, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), que há mais de dez anos coordena projetos de pesquisa sobre malária financiados pela FAPESP.

Quase 30% dos habitantes da Região Metropolitana de São Paulo apresentam transtornos mentais, de acordo com um estudo que reuniu dados epidemiológicos de 24 países. A prevalência de transtornos mentais na metrópole paulista foi a mais alta registrada em todas as áreas pesquisadas. O trabalho faz parte da Pesquisa Mundial sobre Saúde Mental, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que integra e analisa pesquisas epidemiológicas sobre abuso de substâncias e distúrbios mentais e comportamentais.

OceanoA conferência anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS) foi realizada de 16 a 20 de fevereiro em Vancouver, cidade à beira-mar no Canadá. Não por acaso, diversos relatos de pesquisas relevantes sobre a vida e o futuro dos oceanos foram apresentados durante o encontro e chamaram a atenção do público em geral e especialmente da comunidade local.

Cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, construíram um nanorrobô a partir de moléculas de DNA que é capaz de transportar carga até células individuais e influenciar o comportamento delas. O nanocargueiro pode levar doses diferentes de moléculas a células específicas, capacidade que poderá ser utilizada para melhorar os sistemas atuais de transporte de medicamentos, segundo os autores da pesquisa, cujos resultados foram publicados na edição de 17/02 da revista Science.