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A Scientific Electronic Library Online (SciELO) Brasil continua na liderança entre os maiores portais de publicações científicas em formato eletrônico e de acesso aberto e gratuito no mundo. A confirmação foi feita pelo novo Ranking Web of World Repositories, conhecido como Webometrics, que mede a visibilidade de repositórios científicos nos principais mecanismos de busca da internet.
A SciELO, resultado de um projeto financiado pela FAPESP em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme), permaneceu na primeira colocação entre os Top Portais de Acesso Aberto no ranking elaborado pelo Conselho Superior de Investigação Científica (CSIC) da Espanha.

A coleção selecionada de periódicos brasileiros já ocupava a mesma posição na penúltima edição do ranking internacional, divulgada em julho de 2011.

Na avaliação de Abel Parker, coordenador operacional da SciELO, a colocação no ranking de Top Portais da Webometrics é resultado de uma estratégia que vem sendo executada desde o lançamento da SciELO, em 1998, de maximizar sua presença e de seus conteúdos em todos os índices de referência científicos na internet.

“Isso mostra o valor que a coleção brasileira de periódicos científicos tem em termos de conteúdo, presença e impacto e representa o reconhecimento do esforço da FAPESP e de todos os parceiros da SciELO para melhorar, cada vez mais, a qualidade da coleção como um todo e de cada um de seus periódicos”, disse Parker à Agência FAPESP.

Para elaborar o ranking, o CSIC utiliza como indicadores o número de páginas indexadas das coleções de periódicos em sistemas de busca na web, como o Google, além do número de links externos que apontam para o serviço, medidos por uma metodologia desenvolvida pelo Yahoo Site Explorer.

Outros indicadores utilizados pelo ranking são o número de artigos nos formatos PDF, Doc e PS, extraídos dos principais buscadores na internet, denominados rich files, e o número de artigos recentes publicados no Google Scholar (uma ferramenta do sistema de busca que permite pesquisar em trabalhos acadêmicos) entre 2006 e 2010.

Nesses dois últimos quesitos, a SciELO Brasil obteve, em ambos os casos, a terceira colocação. “A coleção brasileira apresenta uma uniformidade de desempenho nos quatro indicadores e esperamos que esse equilíbrio da presença na internet em termos de dados, números de páginas e de artigos científicos se mantenha nos próximos anos”, disse Parker.

“A presença no Google Scholar também vai ao encontro de manter a posição competitiva da SciELO no Webometrics no futuro”, indicou. Além da coleção brasileira, a Rede SciELO emplacou 11 dos 62 portais classificados no ranking.

Coleções bem classificadas

A SciELO Chile, que foi uma das pioneiras a adotar a metodologia e continua sendo, juntamente com a SciELO Brasil, as coleções de referência da rede, obteve a sexta colocação.

Por sua vez, a coleção brasileira de saúde pública da biblioteca eletrônica, a SciELO Public Health, coordenada pela Bireme, ganhou duas posições em relação ao penúltimo ranking e conquistou a sexta colocação.

Outras coleções da rede SciELO classificadas no ranking foram a da Espanha, em 11º lugar; a da Argentina, em 17º; a de Cuba, em 18º; a do México, que figura pela primeira vez, em 23º; a do Peru, em 27º; da África do Sul, em 31º lugar; a do Uruguai, em 35º; a da Costa Rica, em 40º; a de Portugal, em 45º; e a da Colômbia, em 53º.

A coleção Brasiliana, da Universidade de São Paulo (USP), ficou na 46ª colocação no ranking.

Na avaliação de Parker, o desafio, agora, é manter a competitividade da rede SciELO, que completa 15 anos em 2013, no ranking Webometrics, dado que há outras coleções “brigando” pela primeira colocação.

“A coleção de periódicos da China, que obteve o primeiro lugar no ranking em termos de tamanho e no Scholar, provavelmente será muito competitiva no futuro”, afirmou.

Leia mais sobre a SciELO em http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4611&;bd=1&pg=1&lg=.

Agência FAPESP