Ciência e Tecnologia

O Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho em São Paulo (Cenapad-SP), situado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tem o segundo supercomputador mais rápido na América Latina, o primeiro em performance no Brasil. A avaliação é da edição mais recente do ranking LARTop50, que lista os 50 supercomputadores mais potentes na região.

Uma nova tecnologia conhecida como tomografia de coerência óptica (OCT, na sigla em inglês) promete tornar o diagnóstico do câncer de pele mais preciso e menos invasivo. Em teste no A.C. Camargo Cancer Center, o método permite fazer uma espécie de biópsia virtual da lesão, confirmando a malignidade nos casos de dúvida e ajudando a definir as margens e as características do tumor – informações importantes para planejar o tratamento.

Um grupo internacional de astrônomos, liderado por pesquisadores do Grupo de Dinâmica Orbital e Planetologia da Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Guaratinguetá, desenvolveu um novo método para identificar famílias de asteroides. Resultado de um projeto de pesquisa, feito com apoio da FAPESP, o método foi apresentado durante um encontro da Divisão de Astronomia Dinâmica (DDA) da Sociedade Americana de Astronomia (AAS, na sigla em inglês), realizada nos dias 5 a 9 de maio em Paraty, no Rio de Janeiro, e foi descrito em um artigo publicado em julho na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

As bacias dos rios Itaguaré e Guaratuba, localizadas no interior do Parque Estadual da Restinga de Bertioga (município da região metropolitana da Baixada Santista, em São Paulo), guardam um importante patrimônio natural brasileiro, com grande geodiversidade e biodiversidade. Elas abrigam diversos tipos de formações geológicas e diferentes ecossistemas de planície costeira e vegetação de restinga. Se as intervenções provocadas pelo homem seguirem em curso na região, no entanto, o local poderá ser afetado de maneira irreversível.

Na paisagem árida do município pernambucano de Itacuruba, no Sertão de Itaparica, a 480 quilômetros de Recife, destaca-se, no alto de um monte, um observatório astronômico com o segundo maior telescópio no Brasil – o primeiro está em Minas Gerais. É o OASI – sigla para Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica. Construído pelo Observatório Nacional (ON) do Rio de Janeiro e em operação desde 2011, o OASI foi credenciado em fevereiro pelo Centro de Corpos Menores da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) sob o código Y28 OASI.

Uma vacina brasileira contra o vírus HIV, causador da Aids, começará a ser testada em macacos no segundo semestre deste ano. Com duração prevista de 24 meses, os experimentos têm o objetivo de encontrar o método de imunização mais eficaz para ser usado em humanos. Concluída essa fase, e se houver financiamento suficiente, poderão ter início os primeiros ensaios clínicos. Denominado HIVBr18, o imunizante foi desenvolvido e patenteado pelos pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Edecio Cunha Neto, Jorge Kalil e Simone Fonseca.

Pesquisadores do Laboratório de Paleontologia, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, acabam de publicar a descrição dos fósseis do primeiro tetrápode jurássico coletado no Brasil. O material foi descoberto em maio de 2012 no interior do Maranhão, município de Nova Iorque, e se trata de um crocodiliforme, grupo que congrega os jacarés e crocodilos viventes, bem como alguns de seus parentes extintos, denominado Batrachomimus pastosbonesis.

O rápido aumento da temperatura da Terra, observado no período atual, representa uma ameaça mais para a humanidade em si do que para o planeta, que já passou e sobreviveu a diferentes períodos de mudanças climáticas. A avaliação foi feita pelo climatologista Ulrich Glasmacher, professor da Universidade de Heidelberg, da Alemanha, na conferência que proferiu sobre aspectos geológicos e sociais das mudanças climáticas mundiais na semana passada, durante a 65ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Recife (PE).

Entre as pesquisas surgidas a partir da década de 1980 em busca de um melhor aproveitamento da biomassa vegetal remanescente da fabricação do etanol, nasceu a ideia de usar o bagaço da cana-de-açúcar para produzir xilitol. O xilitol é um adoçante com propriedades bastante peculiares – como redução da incidência de cáries, substituição da glicose na dieta de diabéticos, eficácia no tratamento e na prevenção da osteoporose e de doenças respiratórias –, mas com altos custos de produção.

Rituais fazem parte da rotina de qualquer criança pequena. Muitas fazem questão de ouvir sua história favorita antes de dormir, ou de dar boa noite para seus bichinhos de pelúcia e bonecas. Outras têm mania de contar árvores quando passeiam de carro ou evitam pisar nas divisões da calçada enquanto caminham. Mas, quando esses comportamentos típicos da infância se tornam muito frequentes e começam a interferir na rotina ou a causar sofrimento, eles podem ser sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Cana-de-açúcarOs esforços dos últimos anos no Brasil para conhecer melhor o genoma da cana-de-açúcar poderão dar origem, em um futuro próximo, a um programa de melhoramento genético da planta, a exemplo dos já existentes hoje para trigo e milho. A avaliação foi feita por Marie-Anne Van Sluys, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), durante uma mesa-redonda sobre “Desenvolvimentos recentes e desafios da pesquisa em bioenergia no Brasil”, realizada na semana passada durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Recife (PE).