Entre esses inventos está, por exemplo, o protótipo de uma semeadora hidráulica, com sistema controlado por software, que visa substituir o modelo mecânico e dar ao agricultor maior precisão e facilidade na semeadura de grãos. Os responsáveis pelo projeto são os estudantes Leonardo Walewski e David Cézar Rovida, do 5º ano de mecatrônica, orientados pelo professor doutor em engenharia mecânica Luiz Henry Silva e o professor doutor em agronomia Edson Schimidt Filho.
De acordo com os responsáveis pelo projeto, o objetivo é desenvolver um produto barato e acessível ao pequeno produtor. “Hoje a semeadora utilizada na maior parte das propriedades ainda é a mecânica e a regulagem é feita toda manual. O sistema foi desenvolvido em 1970 e até hoje continua o mesmo”, dizem os estudantes, que têm prazo o até final deste ano para que o invento esteja funcionando cem por cento.
Outra tecnologia desenvolvida, que também visa levar benefício ao campo, é o “arco rodolúvio”, um pulverizador para caminhões, automatizado, que poderá ser utilizado nas propriedades com criação de frangos. Segundo os autores do projeto, os estudantes Gustavo Carvalho, Adilson Kanegan e Vitor Favoretto, do 3º ano de Engenharia Elétrica, o equipamento poderá ser acionado à distância e controlar melhor a quantidade de água e produtos utilizados na desinfecção dos caminhões.
Os estudantes, que têm o sonho de trabalhar como empreendedores e já atendem a uma granja no município de Tamboara, com a instalação desse equipamento, veem na feira uma grande oportunidade para tornar o invento conhecido. Segundo Gustavo Carvalho a agropecuário é um ramo que carece de soluções nas partes básicas e “nós somos hoje uma equipe que pretende investir nesse setor”. “Por isso, a participação nessa feira é essencial para o nosso futuro.”
O professor Luiz Henry disse que o ramo agropecuário tem atraído a atenção de muitos estudantes e “encontrar soluções para uma agricultura de precisão é algo que pretendemos que vá em frente no curso”. Entretanto, na feira, pode-se observar protótipos para vários outros campos, como a indústria, residências ou serviços.
Na avaliação do professor Luiz Henry, a participação dos estudantes numa feira como a Metalmecânica é rica para a formação acadêmica. "A interação que o aluno tem com o mercado e a possibilidade de comparação entre o que ele faz e estuda com o que já existe é muito interessante e ele pode ver, inclusive, que o que aprende na universidade é bastante atualizado."
Para o professor Fábio Gentilin, coordenador do curso de Engenharia Elétrica, o evento contribui para a divulgação dos cursos e daquilo que as universidades podem produzir em termos de inovação. “É muito positivo para que os empresários possam conhecer projetos que muitas vezes se alinham com as necessidades das indústrias e ver que as universidades estão presentes e têm condições muitas vezes de atendê-los.”
A Feira Metalmecânica e a Feitec continuam abertas ao público até sábado, no Parque de Exposições, das 15 horas às 22 horas, de quarta-feira a sexta-feira e no sábado, das 10 horas às 17 horas. A entrada é gratuita.