O Instituto Geológico (IG), da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, mapeará as áreas de risco de desastres naturais, como escorregamentos de encostas e inundações, de mais nove municípios paulistas. Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, 65 tiveram suas áreas de risco de desastres naturais mapeadas desde 2004. O anúncio foi feito na quarta-feira (8/12) pelo diretor do IG, Ricardo Vedovello, durante o 2º Seminário Estratégias para Redução de Desastres Naturais no Estado de São Paulo. “Não temos como mapear todos os municípios de São Paulo de uma única vez devido à grande demanda e pela limitação de pessoal e de recursos”, disse Vedovello.
Uma das grandes incertezas a respeito das mudanças climáticas globais está nas nuvens. Como elas reagirão ao aquecimento do planeta – e com que consequências – é algo que tem intrigado os cientistas. De um lado, estudos apontam que o aquecimento irá alterar as nuvens de forma a contrabalançar os efeitos dos gases estufa. De outro, pesquisas indicam que as mudanças nas nuvens aumentarão o aquecimento. Um novo trabalho, publicado nesta sexta-feira na revista Science, reforça o lado negativo. Segundo o estudo, em escala global as nuvens, atualmente, influenciam o clima de tal modo que resulta na diminuição da temperatura na superfície do planeta. Mas elas perderão parte dessa capacidade de resfriamento. Justamente por culpa dos gases estufa.
Uma nova descoberta sobre o papel do neurotransmissor dopamina no sistema de recompensa do cérebro poderá ajudar a compreender melhor os problemas de compulsão associados a dependência e a diversos distúrbios psiquiátricos. O estudo, feito por cientistas das universidades de Michigan e de Washington, nos Estados Unidos, concluiu que, ao contrário do que se estimava, diferenças nos tipos de resposta a estímulos ambientais entre indivíduos podem influenciar padrões químicos no cérebro relacionados à recompensa. Segundo os pesquisadores, a maior compreensão dessas diferenças poderá levar ao desenvolvimento de novos tratamentos e de formas de prevenção para o comportamento compulsivo. Os resultados da pesquisa foram publicados nesta quinta-feira (9/12) no site da Nature e sairão em breve na edição impressa da revista.
A região Sudeste do Brasil deverá registrar no verão de 2011 um número de tempestades severas – formadas por altas descargas atmosféricas (raios), ventos fortes e chuvas intensas – maior do que a média dos últimos três anos, alerta o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Osmar Pinto Júnior. A previsão é baseada em um algoritmo utilizado pelos pesquisadores do Inpe que, na última década, teve uma média de acerto de 80%, prevendo corretamente as condições climáticas em oito dos dez anos analisados. Mas, a exemplo de outras metodologias empregadas para fazer previsões de curto prazo de tempestades severas, o sistema ainda apresenta uma margem de erro relativamente alta, ressalva o pesquisador.
O DVD O discreto charme das partículas elementares, baseado no livro de mesmo nome da física Maria Cristina Abdalla, está disponível para aquisição por professores da rede pública de ensino. A autora é professora do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), foi professora associada do ICTP-Trieste, na Itália, e trabalhou na Organização Europeia para Investigação Nuclear (Cern), em Genebra, na Suíça. O DVD desvenda as partículas elementares da física desde as primeiras descobertas que levaram à teoria quântica até as novas manifestações da matéria. A obra refaz a trajetória da mudança de modelos que levou ao modelo padrão da física de partículas.
O processo de produção do etanol resulta atualmente em uma série de resíduos tóxicos que, caso sejam lançados no meio ambiente, podem causar graves impactos ecológicos. Mas, em um futuro próximo, por meio de novas tecnologias geradas em áreas como a biotecnologia e genômica, será possível eliminar ou transformar, nas próprias usinas de etanol, os poluentes emitidos. A estimativa é de Bram Brouwer, professor associado da Universidade Livre de Amsterdã e cientista-chefe da Bio-base Ecologically Balanced Sustainable Industrial Chemistry (Be-Basic).
Um exemplo de como a ciência da computação pode fornecer ferramentas para o compartilhamento e visualização de dados científicos é o WorldWide Telescope (WWT), serviço desenvolvido pela Microsoft Research que permite explorar virtualmente o Sistema Solar. A gerente senior do Programa de Pesquisa da MSR, Yan Xu, apresentou o WWT durante o Workshop de Ciência Ambiental, promovido pelo Instituto Virtual de Pesquisas FAPESP-Microsoft Research na sede da FAPESP, em novembro. O WWT é uma ferramenta que, uma vez instalada, permite que o computador pessoal funcione como um telescópio virtual, reunindo imagens obtidas por observatórios e telescópios na Terra e no espaço.
Que pensamentos e emoções diferem de uma pessoa a outra é algo que ninguém põe em questão, mas a maioria acha que o mundo é visto de maneira semelhante. Ou seja, as cenas são as mesmas, mas a interpretação é diferente. Mas um estudo indica que as diferenças também estão presentes na maneira como se vê o mundo. Sabe-se que o córtex visual primário – área no cérebro responsável por processar os estímulos visuais – varia até três vezes de tamanho de um indivíduo a outro. A nova pesquisa verificou que o tamanho do córtex visual afeta a maneira como o ambiente é percebido. Os resultados do estudo, feito no Wellcome Trust Centre for Neuroimaging e no Institute of Cognitive Neuroscience da University College London, foram publicados no domingo (5/12) no site da revista Nature Neuroscience.
Um supercomputador foi recentemente instalado no Laboratório do Grupo de Simulação Molecular do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. Ele possui capacidade de armazenamento de dados de 17 TeraBytes, 472 GigaBytes de memória RAM, 228 processadores e duas unidades GPU-GP de 448 processadores gráficos cada uma. Este computador deverá ajudar a desvendar alguns dos mecanismos moleculares envolvidos nos processos de infecção de células humanas pelo vírus do dengue.
Em dezembro, o Rio vai ganhar seu primeiro laboratório de nanociência e nanotecnologia totalmente aberto aos grupos de pesquisa de todo o país, o LABNANO. Instalado no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o Laboratório, que será inaugurado no dia 10 de dezembro pelo ministro Sergio Rezende, da Ciência e Tecnologia, vai impulsionar as pesquisas na área de materiais nanoestruturados e dará ênfase à produção de estruturas em escala nanométrica, tais como sensores com ampla gama de aplicações, desde imageamento térmico até sistemas lab-on-chip para diagnósticos médicos.
Em 1997, o gene AIRE (“regulador autoimune”, em inglês) foi identificado como responsável pela suscetibilidade a uma rara doença. Desde então, novos estudos têm revelado evidências de que o gene está profundamente envolvido com um mecanismo fundamental para as doenças autoimunes em geral: a tolerância imunológica. De acordo com uma das principais especialistas no assunto em todo o mundo, Diane Mathis, da Escola de Medicina da Universidade Harvard (Estados Unidos), a descoberta mais recente sobre o gene AIRE é intrigante: o gene é expresso ao longo de toda a vida, mas só causa a doença caso não seja expresso logo após o nascimento. “Fizemos uma linhagem especial de camundongos nos quais podemos ‘ligar’ e ‘desligar’ o gene.
As chances de existir vida em outros planetas acaba de aumentar. Pelo menos de acordo com o anúncio feito na tarde desta quinta-feira (2/12) pela Nasa, a agência espacial norte-americana, que destaca a descoberta de um organismo que cresce onde não se imaginava que pudesse existir vida. O anúncio, transmitido para todo o mundo pela internet, refere-se ao estudo feito por Felisa Wolfe-Simon, do Instituto de Astrobiologia da Nasa, e colegas e publicado na nova edição da revista Science. Os cientistas descobriram uma bactéria (linhagem GFAJ-1 da família Halomonadaceae) capaz de sobreviver e de prosperar em um ambiente cheio de arsênio. O elemento químico, até então, era considerado altamente tóxico a todos os seres vivos. Da baleia à bactéria Escherichia coli, passando pelo homem e todos os mamíferos, os organismos terrestres dependem dos mesmos seis elementos: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, fósforo e enxofre.
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