Ciência e Tecnologia

Para produzir o etanol de segunda geração (2G) é preciso realizar a hidrólise enzimática, processo no qual enzimas produzidas por microrganismos atuam em conjunto para degradar e converter carboidratos da palha e do bagaço da cana-de-açúcar em açúcares capazes de sofrer fermentação. O entendimento dos mecanismos genéticos que regulam o controle e a produção dessas enzimas hidrolíticas por esses microrganismos é considerado fundamental para melhorar as tecnologias voltadas para essa finalidade. 

acquaEm tempos de eventos extremos e de aumento da demanda por água, a escassez hídrica se tornou um tema essencial para qualquer cidade. Nesse cenário, ampliar a diversificação de fontes de água e incentivar o uso de novas tecnologias para melhorar o sistema e reduzir perdas fazem parte da agenda para a segurança hídrica. Essa foi a opinião levantada por pesquisadores participantes do evento “O Futuro da Água”, realizado em 12 de março pela FAPESP com o Instituto do Legislativo Paulista (ILP), o quarto do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação. 

Operárias em fila carregando para o ninho pedaços de planta com peso até cem vezes maior que o do próprio corpo. A cena – que à primeira vista pode ser surpreendente – é corriqueira nas colônias de formigas cortadeiras. O caminho até o formigueiro, sem qualquer desvio, é guiado por compostos químicos aromáticos conhecidos como feromônios de trilha. No caso da Atta sexdens rubropilosa, uma das várias espécies conhecidas popularmente como saúva, as principais substâncias usadas nesse processo de geolocalização pertencem à classe das pirazinas. 

Bilhões de toneladas de metais pesados são emitidos anualmente por chaminés e esgotos das indústrias. Tais elementos são nocivos aos seres vivos e atingem a hidrosfera, poluindo rios, lagos e mares. É difícil encontrar nos oceanos um lugar livre dessa poluição, não importa o quão remoto ele esteja. Um estudo feito por Caio Vinícius Cipro, pós-doutorando no Instituto Oceanográfico da USP com Bolsa da FAPESP, identificou traços de metais pesados em diversos tipos de invertebrados, peixes e aves habitantes das ilhas Kerguelen, pertencentes às Terras Austrais e Antárticas Francesas. 

Os actinídeos são um grupo de 15 elementos radioativos que fazem parte da sétima linha da tabela periódica. Isto quer dizer que seus átomos possuem elétrons em todos os sete níveis de energia possíveis. Em ordem crescente de número atômico, começam com o actínio (89 prótons e 89 elétrons) e vão até o laurêncio (103 prótons e 103 elétrons). Urânio (92) e tório (90) são os actinídeos mais abundantes na crosta terrestre. 

Um dos casos de suspeita de morte por reação adversa à vacina da febre amarela investigados no Estado de São Paulo acaba de ser descartado. Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) constataram que uma paciente que foi imunizada e um dia após começou a apresentar sintomas da doença, morrendo 10 dias depois com suspeita de reação adversa ao vírus atenuado da vacina, já tinha sido infectada pelo vírus silvestre.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo realizaram o primeiro estudo feito na América Latina que investigou volumes cerebrais de indivíduos transgêneros por meio de imagens de ressonância magnética. O estudo fez uma análise estrutural para investigar diferenças de volume da substância branca e cinzenta, a partir de imagens de ressonância dos cérebros de 80 pessoas (entre 18 e 49 anos). 

É no início da adolescência, uma fase de grandes transformações no corpo e na mente, que aumenta a frequência dos casos de depressão, marcada por uma sensação prolongada de tristeza, queda da autoestima e perda do prazer em realizar atividades antes agradáveis. Estudos que acompanharam crianças e adolescentes nos Estados Unidos no final dos anos 1990 constataram que a proporção de casos novos que surgem a cada ano passa de 1% aos 11 anos de idade para 2% aos 15 anos e 15% aos 18 – em média, uma em cada seis pessoas terá um episódio de depressão ao longo da vida. 

Um estudo conduzido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que o triclosan – composto antimicrobiano encontrado em sabonetes, cremes dentais, desodorantes e muitos outros produtos – é capaz de inibir genes-alvo do parasita causador da malária em duas fases cruciais do seu ciclo de vida em humanos: o hepático, quando se reproduz nas células do fígado, e o eritrocitário, nas células do sangue. Apoiada pela FAPESP, a pesquisa foi feita em colaboração com as Universidades de Cambridge e de Manchester, no Reino Unido, além da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e da Universidade de São Paulo (USP).

Um estudo feito na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) reúne esforços de pesquisa clínica e básica em síndrome nefrótica na infância com foco em pacientes submetidos a transplante renal. O objetivo é identificar o perfil de mutações genéticas relacionadas à doença e, a partir daí, antecipar diagnósticos, fornecer bases para decisões médicas mais precisas e aprimorar o aconselhamento familiar. Os primeiros resultados da investigação, que integra um Projeto Temático apoiado pela FAPESP, foram publicados na revista Transplantation.

Uma nova vacina pré-clínica contra a malária vivax – forma da doença com maior distribuição geográfica e maior prevalência nas Américas – foi testada em camundongos e obteve 45% de eficácia, o que representa um importante avanço no desenvolvimento de alternativas de prevenção. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2015, parasitas da espécie Plasmodium vivax foram responsáveis por mais de 13 milhões de casos de malária em todo o mundo e ainda não há um imunizante disponível contra esses patógenos. 

dentistaPor conta do aumento da prevalência de problemas como erosão dental e hipersensibilidade dentinária, cremes dentais voltados para esses problemas ganharam o mercado. Se há 20 anos eles nem existiam, hoje há uma grande variedade de marcas, com diferentes atributos. No entanto, em estudo feito na Universidade de Berna, na Suíça – do qual participou uma bolsista da FAPESP –, nenhuma das nove pastas analisadas se mostrou capaz de diminuir um problema elementar à erosão e à hipersensibilidade dentinária: a perda de estrutura do esmalte. 

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