Ciência e Tecnologia

Um grupo de aproximadamente mil pesquisadores de 28 países, entre os quais dez brasileiros, pretende construir até 2015 o maior observatório do mundo dedicado ao estudo de corpos celestes que emitem radiação gama – a radiação de mais alta energia. Denominado Cherenkov Telescope Array (CTA), o observatório será instalado em dois lugares diferentes, um no hemisfério Sul e o outro no hemisfério Norte.

O professor Eduardo Eizirik e a pesquisadora Alexsandra Schneider, do Laboratório de Biologia Genômica e Molecular da Faculdade de Biociências da PUCRS, identificaram a mutação do gene que permite que o leopardo fique com a cor preta, a chamada pantera negra. A pesquisa foi realizada com equipes do Laboratory of Genomic Diversity, do Frederick National Laboratory for Cancer Research e do HudsonAlpha Institute for Biotechnology, ambos dos Estados Unidos, e acaba de ser publicada em forma de artigo na revista científica PLos One, com o título How the leopard hides its spots: ASIP mutations and melanism in wild cats (LINK).

A disponibilidade de terra arável e para pecuária deverá diminuir globalmente nas próximas décadas, ao mesmo tempo em que será preciso aumentar a produção de alimentos para atender ao crescimento da demanda mundial e melhorar a conservação e a sustentabilidade dos recursos não renováveis, que são essenciais para atingir esse objetivo.

Uma pesquisa sobre o uso de óxido de estanho e óxido de cobre, materiais semicondutores de alta sensibilidade e grande seletividade, bem como de sua aplicação no desenvolvimento de dispositivos para a medição de gases poluentes, foi apresentada durante o “Fronteras de la Ciencia – Brasil y España en los 50 años de la FAPESP”, evento que reuniu na semana passada na Espanha pesquisadores do Estado de São Paulo e de algumas das principais instituições espanholas de ensino e pesquisa.

Alguns elementos químicos, como o mercúrio, o chumbo e as ligas à base de nióbio, são capazes de conduzir corrente elétrica sem resistência nem perdas quando submetidos a baixíssimas temperaturas – na ordem de menos 270 graus Celsius. São os chamados supercondutores. Tal propriedade permitiu o desenvolvimento de poderosos eletroímãs usados, por exemplo, em máquinas de ressonância magnética, espectrômetros de massa, aceleradores de partículas, trens de levitação magnética e redes inteligentes capazes de transportar energia elétrica com maior eficiência.

A nanotecnologia, utilizada na medicina para diferentes tratamentos de saúde, tem se tornado indicada para o combate a doenças que vão do câncer de pele ao mal de Parkinson e de Alzheimer, graças ao desenvolvimento de novas técnicas para sua aplicação. Uma série de pesquisas realizadas pelo Grupo de Fotobiologia e Fotomedicina do Centro de Nanotecnologia e Engenharia Tecidual da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, tem resultado em diferentes possibilidades de tratamento, viáveis técnica e economicamente.

studentsAté pouco tempo atrás, os tumores de boca e de garganta eram tipicamente associados a pacientes com mais de 50 anos e histórico de consumo pesado de álcool e tabaco. Mas, nos últimos anos, estudos epidemiológicos têm apontado uma emergência de casos em pessoas jovens que nunca fumaram ou beberam – a maioria deles associada à infecção pelo papiloma vírus humano (HPV).

Há muito tempo os pesquisadores sabem que o câncer é uma doença genética, ou seja, resultado de um acúmulo de alterações no genoma causadas ao longo da vida pelo envelhecimento, por fatores hereditários ou por agentes externos como radiação e tabaco. Somente nos últimos anos, porém, graças à evolução e ao barateamento das metodologias de sequenciamento e de análise do perfil de expressão dos genes, os cientistas estão conseguindo desvendar as alterações específicas por trás de cada tumor.

O surgimento de um novo tipo de transistor, conhecido como FinFET ou transistor 3D, poderá revolucionar a eletrônica e abrir caminho para uma nova geração de computadores, smartphones, tablets, televisores e outro equipamentos com maior capacidade de processamento e de memória, porém menores e mais leves. Um grupo de pesquisadores coordenado por João Antônio Martino, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), conseguiu, pela primeira vez no Brasil, desenhar e fabricar um protótipo do gênero.

Trinta novas moléculas – algumas com potencial ação farmacológica – foram descobertas no Instituto Butantan durante uma pesquisa que mapeou o conjunto de peptídeos existente no veneno de três espécies de serpentes do gênero Bothrops, entre elas a jararaca. “O objetivo do trabalho era descrever a complexidade do peptidoma, ou conjunto de peptídeos, presente no veneno das espécies B. jararaca, B. cotiara e B. fonsecai”, contou Solange Maria de Toledo Serrano, coordenadora da pesquisa.

Em vista, principalmente, dos grandes eventos esportivos que a cidade do Rio de Janeiro receberá nos próximos anos, pesquisadores e gestores públicos têm demonstrado preocupação com o possível aumento do crescimento não planejado de áreas de grande concentração urbana do município. A Zona Oeste, por exemplo, se encontra em plena expansão comercial e populacional, tanto por causa da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 quanto pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),