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O professor Eduardo Eizirik e a pesquisadora Alexsandra Schneider, do Laboratório de Biologia Genômica e Molecular da Faculdade de Biociências da PUCRS, identificaram a mutação do gene que permite que o leopardo fique com a cor preta, a chamada pantera negra. A pesquisa foi realizada com equipes do Laboratory of Genomic Diversity, do Frederick National Laboratory for Cancer Research e do HudsonAlpha Institute for Biotechnology, ambos dos Estados Unidos, e acaba de ser publicada em forma de artigo na revista científica PLos One, com o título How the leopard hides its spots: ASIP mutations and melanism in wild cats (LINK).
Foram analisadas amostras de 19 felinos da Malásia, Tailândia e China, com o objetivo de descobrir a base genética da pantera negra. O estudo levou à descoberta de duas mutações diferentes no gene ASIP (Proteína Sinalizadora de Agouti) associadas ao melanismo, uma em cada espécie.

Este resultado, explica Eizirik, analisado em conjunto com descobertas anteriores do mesmo grupo de pesquisa, permite concluir que o melanismo evoluiu pelo menos cinco vezes independentemente nos felinos. "Abrimos caminho para investigações mais detalhadas sobre o tema, como a busca por mutações envolvidas no melanismo em outras espécies de felinos e a investigação sobre a possível ocorrência de seleção natural favorecendo esta característica", destaca o pesquisador.