Ciência e Tecnologia

Ao concluir 105.577 voltas em torno da Terra, às 14h42 de 9 de fevereiro, o primeiro satélite brasileiro terá completado 20 anos no espaço ainda em funcionamento. O número de órbitas é mais um dos resultados impressionantes do SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados), que tinha expectativa de apenas um ano de vida útil quando foi lançado pelo foguete norte-americano Pegasus, em 1993.

O professor Eder Cassola Molina, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu um aplicativo para iPhone, iPad e iPod Touch para facilitar o monitoramento e análise da atividade solar. Batizado de “Magnetic Storms”, o programa pode ser baixado gratuitamente no site itunes.apple.com/br/app/magnetic-storms/id575956246?mt=8 e opera em português do Brasil e de Portugal, além de em inglês, espanhol, italiano e francês.

Uma das sequelas mais graves da doença de Chagas é a cardiopatia decorrente de uma inflamação crônica no músculo do coração – a miocardite –, que destrói o órgão lentamente. Pesquisa recém-concluída na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), ajudou a compreender melhor a participação do sistema imunológico nesse processo, abrindo caminho para novos tratamentos.

Deve começar ainda este ano, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, a construção do novo acelerador de elétrons de terceira geração, batizado de Sirius. Capaz de emitir radiação com maior brilho e gerar imagens com mais resolução que o atual, de segunda geração, o equipamento poderá atrair para o país cientistas de destaque no cenário internacional, como a israelense Ada Yonath – vencedora do Nobel de Química em 2009 por seu trabalho sobre a estrutura e a função dos ribossomos – ou o americano Brian Kobilka – premiado em 2012 pela descoberta de um novo receptor celular –, afirmou Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS.

IBE logoA coordenação da área de Saúde e Biologia do Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE) finaliza a redação do projeto de pesquisa “Estudo cinético para a identificação de biomarcadores associados ao envelhecimento”, desenvolvido por meio de parceria entre universidades brasileiras e europeias que integram o IBE. O envelhecimento e bem-estar é um dos cinco eixos temáticos trabalhados pelo instituto, que é financiado pela Comissão Europeia para promover o desenvolvimento do ensino e da pesquisa entre o Brasil e a União Europeia.

Um estudo realizado na Universidade de São Paulo (USP) e divulgado na revista PLoS One mostrou que a prática de exercícios físicos aeróbicos é capaz de interromper o processo degenerativo observado na insuficiência cardíaca, doença caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue adequadamente.

A maior parte da matéria visível no Universo é composta por gás ionizado ou parcialmente ionizado permeado por campos magnéticos. Esse gás corresponde a mais de 90% do conteúdo material visível conhecido dos espaços intergaláctico e interestelar. A ele estão associados alguns dos mais importantes fenômenos cósmicos: da estrutura em larga escala do Universo à formação de galáxias, estrelas e planetas, às “assinaturas” que objetos compactos (supernovas, estrelas de nêutrons, buracos negros e núcleos ativos de galáxias, entre outros) produzem em seu vasto entorno, como partículas de ultra-alta-energia, jatos supersônicos astrofísicos, discos de acresção, ondas gravitacionais ou erupções de raios gama.

A medicina molecular tem ajudado a tornar o conhecimento sobre o câncer muito mais claro e passível de intervenções mais seletivas e eficazes. A observação é de Gilberto Schwartsmann, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e médico oncologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. “A pesquisa molecular abriu boas oportunidades para a descoberta de novos medicamentos contra o câncer. Até algumas décadas atrás, a tônica na busca de novos medicamentos anticâncer foi centrada na procura de drogas com efeito antiproliferativo.

Uma terapia à base de células-tronco da placenta humana reduziu em 50% o desenvolvimento de fibrose hepática em experimento feito com ratos. Os pesquisadores acreditam que o benefício se deve a substâncias produzidas pelas células da membrana amniótica – parte interna da placenta – capazes de estimular a regeneração do fígado. O próximo passo é identificar e isolar essas moléculas, o que abriria caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos.

Primeira plataforma de pesquisas do Brasil no centro da Antártica, o módulo científico Criosfera 1 completou seu primeiro ano neste sábado (12/1). Uma expedição concluída no último dia 4 marcou o momento com a instalação de novos equipamentos e a manutenção técnica da estrutura, totalmente automatizada, sem acompanhamento humano constante e movida a energia eólica e solar.

Uma das maiores dificuldades dos médicos que se dedicam ao tratamento do câncer de cabeça e pescoço é prever a evolução dos tumores do tipo carcinoma epidermoide – o mesmo diagnosticado na laringe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2011. Mas em pesquisa publicada na revista PLoS One em dezembro, pesquisadores brasileiros identificaram uma proteína – a cofilina-1 – que pode servir como marcador do grau de agressividade desse tipo de tumor originário do tecido epitelial.