Ciência e Tecnologia

Deve começar ainda este ano, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, a construção do novo acelerador de elétrons de terceira geração, batizado de Sirius. Capaz de emitir radiação com maior brilho e gerar imagens com mais resolução que o atual, de segunda geração, o equipamento poderá atrair para o país cientistas de destaque no cenário internacional, como a israelense Ada Yonath – vencedora do Nobel de Química em 2009 por seu trabalho sobre a estrutura e a função dos ribossomos – ou o americano Brian Kobilka – premiado em 2012 pela descoberta de um novo receptor celular –, afirmou Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS.

IBE logoA coordenação da área de Saúde e Biologia do Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE) finaliza a redação do projeto de pesquisa “Estudo cinético para a identificação de biomarcadores associados ao envelhecimento”, desenvolvido por meio de parceria entre universidades brasileiras e europeias que integram o IBE. O envelhecimento e bem-estar é um dos cinco eixos temáticos trabalhados pelo instituto, que é financiado pela Comissão Europeia para promover o desenvolvimento do ensino e da pesquisa entre o Brasil e a União Europeia.

Um estudo realizado na Universidade de São Paulo (USP) e divulgado na revista PLoS One mostrou que a prática de exercícios físicos aeróbicos é capaz de interromper o processo degenerativo observado na insuficiência cardíaca, doença caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue adequadamente.

A maior parte da matéria visível no Universo é composta por gás ionizado ou parcialmente ionizado permeado por campos magnéticos. Esse gás corresponde a mais de 90% do conteúdo material visível conhecido dos espaços intergaláctico e interestelar. A ele estão associados alguns dos mais importantes fenômenos cósmicos: da estrutura em larga escala do Universo à formação de galáxias, estrelas e planetas, às “assinaturas” que objetos compactos (supernovas, estrelas de nêutrons, buracos negros e núcleos ativos de galáxias, entre outros) produzem em seu vasto entorno, como partículas de ultra-alta-energia, jatos supersônicos astrofísicos, discos de acresção, ondas gravitacionais ou erupções de raios gama.

A medicina molecular tem ajudado a tornar o conhecimento sobre o câncer muito mais claro e passível de intervenções mais seletivas e eficazes. A observação é de Gilberto Schwartsmann, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e médico oncologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. “A pesquisa molecular abriu boas oportunidades para a descoberta de novos medicamentos contra o câncer. Até algumas décadas atrás, a tônica na busca de novos medicamentos anticâncer foi centrada na procura de drogas com efeito antiproliferativo.

Uma terapia à base de células-tronco da placenta humana reduziu em 50% o desenvolvimento de fibrose hepática em experimento feito com ratos. Os pesquisadores acreditam que o benefício se deve a substâncias produzidas pelas células da membrana amniótica – parte interna da placenta – capazes de estimular a regeneração do fígado. O próximo passo é identificar e isolar essas moléculas, o que abriria caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos.

Primeira plataforma de pesquisas do Brasil no centro da Antártica, o módulo científico Criosfera 1 completou seu primeiro ano neste sábado (12/1). Uma expedição concluída no último dia 4 marcou o momento com a instalação de novos equipamentos e a manutenção técnica da estrutura, totalmente automatizada, sem acompanhamento humano constante e movida a energia eólica e solar.

Uma das maiores dificuldades dos médicos que se dedicam ao tratamento do câncer de cabeça e pescoço é prever a evolução dos tumores do tipo carcinoma epidermoide – o mesmo diagnosticado na laringe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2011. Mas em pesquisa publicada na revista PLoS One em dezembro, pesquisadores brasileiros identificaram uma proteína – a cofilina-1 – que pode servir como marcador do grau de agressividade desse tipo de tumor originário do tecido epitelial.

Um grupo de aproximadamente mil pesquisadores de 28 países, entre os quais dez brasileiros, pretende construir até 2015 o maior observatório do mundo dedicado ao estudo de corpos celestes que emitem radiação gama – a radiação de mais alta energia. Denominado Cherenkov Telescope Array (CTA), o observatório será instalado em dois lugares diferentes, um no hemisfério Sul e o outro no hemisfério Norte.

O professor Eduardo Eizirik e a pesquisadora Alexsandra Schneider, do Laboratório de Biologia Genômica e Molecular da Faculdade de Biociências da PUCRS, identificaram a mutação do gene que permite que o leopardo fique com a cor preta, a chamada pantera negra. A pesquisa foi realizada com equipes do Laboratory of Genomic Diversity, do Frederick National Laboratory for Cancer Research e do HudsonAlpha Institute for Biotechnology, ambos dos Estados Unidos, e acaba de ser publicada em forma de artigo na revista científica PLos One, com o título How the leopard hides its spots: ASIP mutations and melanism in wild cats (LINK).

A disponibilidade de terra arável e para pecuária deverá diminuir globalmente nas próximas décadas, ao mesmo tempo em que será preciso aumentar a produção de alimentos para atender ao crescimento da demanda mundial e melhorar a conservação e a sustentabilidade dos recursos não renováveis, que são essenciais para atingir esse objetivo.

Uma pesquisa sobre o uso de óxido de estanho e óxido de cobre, materiais semicondutores de alta sensibilidade e grande seletividade, bem como de sua aplicação no desenvolvimento de dispositivos para a medição de gases poluentes, foi apresentada durante o “Fronteras de la Ciencia – Brasil y España en los 50 años de la FAPESP”, evento que reuniu na semana passada na Espanha pesquisadores do Estado de São Paulo e de algumas das principais instituições espanholas de ensino e pesquisa.

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