Ciência e Tecnologia

Lithodytes lineatusEstudo realizado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) descreve a convivência de uma espécie de rã com as formigas, conhecidas popularmente como saúvas. O artigo, recentemente publicado na revista Behavioral Ecology and Sociobiology, mostra que a rã utiliza biomoléculas da pele que inibem a resposta agressiva das formigas, permitindo que viva pacificamente nos formigueiros sem ser atacada, de acordo com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto.

aranceUma das frutas mais consumidas no Brasil e no mundo, a laranja pode tornar-se geneticamente mais tolerante a doenças. Um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Genômica para o Melhoramento de Citros (INCT Citros) – um dos INCTs apoiados pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Estado de São Paulo – pretende transferir para a laranja genes de tangerinas e de outros citros relacionados à resistência a doenças.

A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) assinou termo de outorga de auxílio financeiro para o Grupo de Pesquisadores em Energias Renováveis da Unisul (Gpear), representado pelo professor João Alkaim. O termo fomenta apoio importante às pesquisas do curso de Engenharia Elétrica da Unisul Pedra Branca. O projeto contemplado desenvolverá técnica para produção de hidrogênio e gases de síntese por uma técnica inovadora, o plasma.

Mais de 40% das vítimas fatais de acidentes de trânsito ocorridos na cidade de São Paulo entre junho de 2014 e dezembro de 2015 haviam consumido álcool nas horas que antecederam a morte. Se considerados apenas os dados de motoristas e passageiros dos veículos – e excluídos, portanto, os dos pedestres atingidos – o índice chega a quase 60%. A conclusão é de uma pesquisa realizada com apoio da FAPESP na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Os dados foram publicados esta semana na revista Addiction.

leucocitoEm um artigo publicado na revista Scientific Reports, em outubro, pesquisadores brasileiros descreveram uma nova estratégia para combater a inflamação e reduzir a mortalidade de pacientes com sepse: a inibição de uma enzima chamada tioredoxina redutase (TrxR-1, na sigla em inglês). Dois fármacos com essa atividade já estão disponíveis no mercado, mas com outras finalidades. O auranofin é hoje usado no tratamento da artrite reumatoide. Já o carbonato de lantânio tem sido recomendado para portadores de insuficiência renal. Em testes com camundongos, a administração desses medicamentos aumentou em até 50% a sobrevida à sepse.

Uma parceria entre pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Nagoya, no Japão, une esforços teóricos e tecnológicos para a caracterização da dinâmica de processos moleculares fundamentais em femtossegundos (milionésimos de bilionésimo de segundo). A pesquisa é desenvolvida no âmbito de um acordo de cooperação entre a FAPESP e a Japan Society for the Promotion of Science (JSPS) e foi um dos trabalhos apresentados durante o workshop Overseas Challenges in Photochemical and Photobiological Sciences Via Computational and Experimental Chemical Approaches, realizado pelas duas instituições em outubro, em Nagoya.

virus zikaEm busca de novas armas para combater a infecção pelo vírus Zika, um grupo que reúne pesquisadores do Brasil e da França testou a eficácia de 725 medicamentos já aprovados para uso humano, com variadas indicações. Cinco fármacos foram selecionados como os mais promissores – com destaque para o antiemético palonosetron. Os resultados da pesquisa, apoiada pela FAPESP, foram divulgados na plataforma on-line F1000Research.

fapesp biomassaUm grupo de 50 especialistas em bioenergia de diversos países se reuniu entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, em São Paulo, para atualizar as conclusões do relatório Bioenergy & Sustainability: bridging the gaps. Lançado em abril de 2015, a publicação é uma iniciativa da FAPESP e do Comitê Científico para Problemas do Ambiente (SCOPE, na sigla em inglês) – agência intergovernamental associada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

JucàO jucá (Libidibia ferrea), também conhecido como pau-ferro, é uma árvore amazônica de pequeno porte mas grande potencial. O pó de sua casca é usado como chá pela medicina tradicional da região e para o tratamento de problemas no fígado ou no estômago. Industrializado, o extrato da casca entra na composição de diversas marcas de sabonete íntimo, por conta de propriedades antissépticas.

O acúmulo de ferro nas células do coração, que pode resultar em insuficiência cardíaca ou arritmias fatais, é uma das complicações de saúde mais temidas por portadores de talassemia major – doença hereditária popularmente conhecida como anemia do mediterrâneo. Em artigo publicado na revista Blood, pesquisadores brasileiros demonstraram que o problema pode ser combatido com o uso diário de anlodipina – um medicamento barato, com poucos efeitos colaterais e já disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de hipertensão.

Uma coleção de células-tronco pluripotentes capaz de refletir a mistura genética da população brasileira foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) vinculados ao Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionária (LaNCE). Resultados da pesquisa, que contou com apoio da FAPESP, foram publicados na revista Scientific Reports, do grupo Nature.