Ciência e Tecnologia

Estudos recentes têm mostrado que portadores de diabetes frequentemente apresentam um desequilíbrio entre as bactérias benéficas e as patogênicas que compõem a microbiota intestinal – condição conhecida como disbiose, potencialmente maléfica ao organismo. Não está claro, contudo, se isso é uma das causas ou uma consequência dessa doença metabólica.

Uma série de testes aplicados em camundongos demonstrou que a aplicação de luz, associada ao uso do Photodithazine (um pó composto por um tipo de sal e dissolvido em água), talvez possa substituir os medicamentos e produtos fungicidas no tratamento de candidíase oral, doença causada pelo fungo Candida albicans na região bucal, ocasionando manchas brancas ou avermelhadas, dor de garganta e até rachaduras nas laterais da boca.

Um estudo com a coautoria de docentes do Departamento de Física (DF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi publicado na revista online Scientific Reports/Nature. Com acesso livre, o artigo está disponível no link http://go.nature.com/2a4SnFv desde o dia 6 de junho e teve a colaboração dos professores Wilson Aires Ortiz e Maycon Motta.

latteVelha conhecida das academias pelo nome em inglês, whey, e amplamente comercializada como suplemento para ganho de massa muscular, a proteína do soro do leite pode ser importante também como proteção contra os efeitos adversos da ingestão de alimentos gordurosos na microbiota intestinal.

Com um espectrômetro de massas, que mede a massa de partículas subatômicas, pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento podem identificar e caracterizar moléculas com as mais diversas aplicações, como na formulação de novos medicamentos. A tecnologia, sofisticada e de alto custo, tem sido cada vez mais acessível à comunidade científica de São Paulo, de outros estados e países graças à modalidade fomento Equipamentos Multiusuários (EMU) da FAPESP.

Modelo do complexo FAK:MEF2 ligado ao DNA Pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas, descobriram um mecanismo molecular envolvido nas alterações das células cardíacas que precedem e determinam o desenvolvimento da insuficiência cardíaca. Os resultados deste trabalho foram publicados no dia 14 de julho na revista científica Structure. A descoberta abre caminho para o desenvolvimento de novos fármacos, capazes de inibir as alterações celulares características da insuficiência cardíaca, de acordo com informações da Assessoria de Comunicação do Laboratório.

Um grupo de físicos brasileiros observou pela primeira vez em detalhe como os átomos vibram nas bordas de um material de dimensões nanométricas feito exclusivamente a partir do elemento químico fósforo. Conhecido como fósforo negro, esse material não é encontrado na natureza. Foi sintetizado pela primeira vez em 1914, mas suas propriedades com potencial aplicação em nanotecnologia só começaram a ser descobertas um século mais tarde.

Cada animal, a despeito dos padrões de comportamento de sua espécie, tem uma personalidade própria e, consequentemente, preferências individuais. Com base nesse pressuposto, pesquisadores do Instituto de Biociências (IBB) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), desenvolveram um método que ajuda a determinar as preferências de animais e dos grupos aos quais pertencem, podendo ser aplicado na escolha de alimentos e ambientes e em outras situações em que o “gosto” individual do bicho pode ser contemplado em benefício do seu bem-estar.

Estudo brasileiro divulgado na revista Oncotarget mostrou que a inibição de um RNA conhecido como RMEL3 pode reduzir em até 95% a viabilidade de células de melanoma em cultura. Embora seja um RNA do tipo não codificador, ou seja, que não contém informações para a síntese de uma proteína, o RMEL3 parece modular – de forma ainda não totalmente compreendida – as principais vias de sinalização relacionadas à proliferação e à sobrevivência celular.

canna zuccheroUm único exemplar de cana-de-açúcar é lar de 23.811 tipos de bactérias e 11.727 grupos diferentes de fungos. O achado é de pesquisadores do Instituto de Biologia (IB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que realizaram o mapeamento completo e inédito das comunidades de microrganismos que habitam todos os tecidos da cana, da raiz às folhas.

Macaco-prego (Sapajus libidinosus) Novos indícios indicam que, por volta de 700 anos atrás, macacos-prego já usavam ferramentas para quebrar castanhas de caju e extrair a parte comestível. As caravelas portuguesas ainda não tinham chegado à costa brasileira com utensílios mais sofisticados, que de qualquer maneira até hoje não estão à disposição dos animais na serra da Capivara, no Piauí.