Ciência e Tecnologia

Em 250 anos de prática taxonômica os cientistas descreveram cerca de 1,7 milhão de espécies de seres vivos. Mas estima-se que cerca de 87% das espécies existentes ainda são completamente desconhecidas, de acordo com o professor Cláudio Oliveira, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu. Segundo ele, o Brasil está contribuindo para diminuir essa imensa lacuna do conhecimento com o uso da técnica de DNA barcoding – ou código de barras de DNA – que vem se estabelecendo como um padrão global para a identificação de espécies biológicas.

agilent-logoA Agilent Technologies Inc. anuncia o desenvolvimento de um novo método para identificar iodo radioativo usando a técnica de espectrometria de massas com fonte de plasma acoplada indutivamente (ICP-MS). O método será usado pela primeira vez pela Universidade do Japão, com o sistema doado pela Agilent, um ICP-MS modelo 7700.  Os testes serão realizados no laboratório do Dr. Yasuyuki Muramatsu, expert em radiação ambiental.

PNASA maioria das espécies ainda não descobertas vive em hotspots conhecidos – regiões que foram identificadas pelos cientistas como prioritárias para conservação da biodiversidade. A conclusão é de um estudo que será publicado em breve na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. De acordo com os autores da pesquisa, os resultados reforçam que os esforços recentes de conservação têm sido bem direcionados e deverão ajudar a diminuir as incertezas a respeito das prioridades na área. Outra conclusão do trabalho é que o risco de extinção para muitas das espécies ainda não conhecidas é maior do que se estimava até então.

Tais acordos selam a operação de continuidade do Memorando de Intenções assinado entre ICE, SENAI e MISE – Ministério Italiano do Desenvolvimento Econômico, por ocasião da vinda ao Brasil da Missão Empresarial Itália-Brasil, chefiada pelo Ministro Italiano do Desenvolvimento Econômico, pela Presidente da Confederação Italiana das Indústrias e pelo presidente da Associação Italiana de Bancos e que teve como palco a Sede da FIESP- Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

turbolenzaDois estudos liderados por pesquisadores brasileiros e publicados na revista Astrophysical Journal Letters identificaram as estruturas coerentes que formam o “esqueleto” da turbulência. Embora a turbulência seja um fenômeno que se caracteriza pela movimentação caótica das partículas de um fluido, existem técnicas capazes de identificar estruturas coerentes, permitindo a previsão desses movimentos.

celluleDiferentemente de uma célula sadia, a cancerígena não entra em senescência, ou seja, não envelhece. Uma nova pesquisa, com resultados publicados nesta sexta-feira (1º/7) na revista Science, identificou dois genes que estão envolvidos nessa maior durabilidade das células cancerígenas. O estudo foi feito por cientistas nos Estados Unidos em parceria com duas cientistas brasileiras: a pesquisadora Sueli Mieko Oba-Shinjo e a professora Suely Kazue Nagahashi Marie, do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). O envelhecimento celular é determinado pelo mecanismo molecular caracterizado pelo encurtamento do telômero – parte da sequência de DNA que protege as extremidades dos cromossomos.

quasar-piudistante-1O quasar mais distante de que se tem notícia foi descoberto por um grupo de astrônomos. A emissão do objeto astronômico levou 12,9 bilhões de anos para chegar até a Terra, o que significa que foi emitida apenas cerca de 770 milhões de anos após o Big Bang. A descoberta foi descrita na edição desta quinta-feira (30/06) da revista Nature. O quasar foi identificado por meio de alguns telescópios de grande porte, principalmente o Very Large Telescope (VLT) do European Southern Observatory (ESO ou Observatório Europeu do Sul), organização composta por 15 países, dos quais o Brasil é o único não europeu. O VLT está localizado em Cerro Paranal, no deserto de Atacama, no norte do Chile.

Vários patógenos empregam uma estratégia traiçoeira para invadir uma célula hospedeira: eles subvertem mecanismos existentes na própria membrana celular para ter acesso ao citoplasma. Um grupo de pesquisadores brasileiros acaba de demonstrar que o Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, utiliza esse tipo de subterfúgio, aproveitando o mecanismo de reparação das membranas das células como recurso para invadi-las. O estudo, publicado na revista Journal of Experimental Medicine, teve origem em linhas de pesquisa desenvolvidas por Norma Andrews, do Departamento de Biologia Celular e Genética Molecular da Universidade de Maryland (Estados Unidos), e Renato Mortara, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

terrance-snutchDesenvolver um analgésico que seja efetivo como a morfina, mas que não provoque sedação nem efeitos colaterais, podendo ser aplicável até mesmo para dores crônicas por longos períodos de tempo. Esse é o objetivo central das pesquisas de Terrance Snutch, professor do Centro de Pesquisas do Cérebro da Universidade de British Columbia (Canadá). Os alvos terapêuticos escolhidos por Snutch para essa tarefa são os canais de cálcio – “túneis” formados por proteínas nas membranas das células, que permitem o trânsito de íons de cálcio. Há alguns anos, os cientistas descobriram que esses canais estão ligados às vias de sinalização da dor.

new-york-skylineNascer e crescer em uma cidade grande está geralmente associado a um maior risco de desenvolver problemas como ansiedade e distúrbios de comportamento. Mas não se conhecem os mecanismos biológicos por trás dessas associações. Um novo estudo, conduzido por pesquisadores da Alemanha e do Canadá, é o primeiro a mostrar que duas regiões no cérebro, que atuam na regulação tanto da emoção como do estresse, são particularmente afetadas pela vida urbana. A pesquisa foi destacada na capa da edição atual da revista Nature. Segundo Jens Pruessner, da Universidade McGill, no Canadá, e colegas, os resultados poderão ajudar no desenvolvimento de estratégias para melhorar a qualidade de vida nessas áreas.

A revista Nature lançou, em sua edição atual, um suplemento especial sobre biocombustíveis. A publicação tem apoio da FAPESP, do Biotechnology and Biological Sciences Research Council (BBSRC) do Reino Unido, do BioEnergy Science Center (BESC), ligado ao Departamento de Energia dos Estados Unidos, e das empresas Ceres e BP. Intitulado Semeando substitutos para combustíveis fósseis, o suplemento reúne artigos e reportagens que abordam os biocombustíveis sob diferentes perspectivas.