Ciência e Tecnologia

Apis_melliferaFormado pela epiderme e pelo exoesqueleto, o tegumento dos insetos é um dos principais responsáveis pelo sucesso evolutivo e pela megadiversidade desse grupo de organismos. Um estudo realizado com abelhas por um grupo de cientistas da Universidade de São Paulo (USP) ampliou o conhecimento a respeito da influência exercida sobre os genes cuticulares pelos dos hormônios ecdisteróides – que controlam a ecdise, o processo de mudança do exoesqueleto ao longo do desenvolvimento do inseto.

Um estudo produzido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo apontou que o Teste Fibronectina Fetal, além de diminuir o número de internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ajuda a evitar partos prematuros e a mortalidade neonatal. O teste consiste em detectar a presença de uma substância chamada fibronectina fetal no conteúdo vaginal da mãe, sendo aplicado entre a 22ª e a 34ª semanas de gestação. De acordo com a Secretaria, caso seja aplicado junto ao exame de ultrassom vaginal, ele reduz, em caso de resultado negativo, para menos de 1% as chances de parto nas duas semanas seguintes a sua realização.

Até o ano de 2050, o mundo passará dos atuais 6,7 bilhões para mais de 9 bilhões de habitantes agravando um problema já existente: a fome mundial. Os dados são da Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (Unstat) e foram apresentados pelo professor Daniel Eduardo Lavanholi de Lemos do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) durante o World Aquaculture 2011, realizado de 6 a 10 de junho em Natal (RN). O crescimento populacional é agravado pela desigualdade, já que o grupo dos mais ricos cresce menos que o grupo dos mais pobres, segundo o pesquisador.

O setor sucroalcooleiro brasileiro depara com o desafio de aumentar a produção de etanol para atender às demandas interna e de exportação. Para isso, são estudadas diversas alternativas, como aumentar a área de plantio de cana-de-açúcar, incrementar o rendimento agrícola (produção por hectare), realizar melhorias no processo de produção industrial ou produzir o combustível por meio de novas rotas, como a partir da celulose presente nos resíduos da cana-de-açúcar e em outras matérias-primas vegetais – o chamado etanol de segunda geração.

WolfO acentuado declínio nas populações dos grandes predadores não é apenas uma notícia triste para quem admira animais como leões, tigres, lobos e tubarões. De acordo com estudo publicado na revista Science, a perda de espécies no topo da cadeia alimentar pode representar um dos maiores impactos da ação humana nos ecossistemas terrestres. Segundo James Estes, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade da Califórnia, e colegas, a diminuição é muito maior do que se estimava e afeta muitos outros processos ecológicos em um efeito que os cientistas chamam de cascata trófica, no qual a perda no topo da cadeia alimentar impacta enormemente muitas outras espécies de animais e de plantas.

Diversos laboratórios da indústria farmacêutica estão desenvolvendo novas drogas, para diferentes doenças, a partir da técnica de terapia gênica conhecida como oligodeoxinucleotídeo (ODN) antissenso. A promissora técnica, no entanto, pode ser também uma importante ferramenta farmacológica para estudar os mecanismos da dor e descobrir novos alvos para o seu controle. Essa foi a análise feita por Carlos Parada, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na última quinta-feira (14/7), durante um workshop internacional que discutiu os mais recentes avanços e os principais desafios da pesquisa sobre os mecanismos moleculares e celulares ligados à dor e à analgesia.

Pesquisadores brasileiros e estrangeiros se reuniram no dia 14 de julho, no Instituto Butantan, em São Paulo, para discutir os mais recentes avanços e os principais desafios da pesquisa sobre os mecanismos moleculares e celulares ligados à dor e à analgesia. O workshop foi promovido pelo Centro de Toxinologia Aplicada (CAT), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. O evento foi coordenado por Yara Cury, pesquisadora do Instituto Butantan, e por Sergio Henrique Ferreira, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP).

Sistema mecatrônico criado na EESC auxilia reabilitação de fraturas A partir de conhecimentos de especialistas na área da saúde e da engenharia, pesquisa realizada na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP criou um sistema mecatrônico móvel e interativo usado como ferramenta de auxílio na reabilitação de pessoas que sofreram fratura óssea. O estudo faz parte de um projeto de inovação que utiliza tecnologia de informação, teleoperação, jogos e robôs. A técnica foi desenvolvida para pacientes com fraturas na extremidade distal do rádio (osso do antebraço, que vai do cotovelo ao punho).

MITAplicar células fotovoltaicas – capazes de transformar energia solar em elétrica – diretamente em papel ou tecido, de um modo simples e rápido, é o objetivo de uma pesquisa conduzida no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. A tecnologia já resultou em diversos protótipos, cujo formato lembra o de um documento produzido em uma impressora comum do tipo jato de tinta. A diferença é que no lugar de palavras e números são impressos pela superfície retângulos coloridos. Ao ligar fios nos retângulos e direcionar luz ao papel, imediatamente um dispositivo eletrônico começa a funcionar, como se vê no vídeo divulgado pelo grupo responsável pelo estudo.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo conseguiu ampliar, nos últimos quatro anos, a identificação dos tipos de bactérias causadoras de meningites na população paulista a partir de amostras encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, órgão da pasta. De acordo com a Secretaria, a maior precisão no diagnóstico ocorreu em razão da adoção do método PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real, que permite detectar a doença em até três horas, contra um mínimo de 48 horas pelo método tradicional.

mudanças climáticasOs oceanos têm papel fundamental no cenário global de mudanças climáticas. São responsáveis por consumir cerca de um terço de todas as emissões de carbono promovidas pela ação humana, reduzindo o dióxido de carbono atmosférico que está associado ao aquecimento do planeta. Mas por quanto tempo os oceanos continuarão a sequestrar o carbono antrópico nos níveis atuais é uma grande incógnita. Estudos feitos chegaram a resultados conflitantes sobre em que níveis as alterações no clima afetam esse sequestro.