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O Nobel de Física de 2011 foi anunciado nesta terça-feira (04/10) a três cientistas dos Estados Unidos por pesquisas que comprovam a aceleração da expansão do Universo. A descoberta foi feita em 1998, por conta de observações de supernovas distantes que mostraram estar o Universo em expansão não lenta, como se pensava desde a década de 1920, mas cada vez mais rápida.
Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, que em 2006 já haviam recebido o importante Prêmio Shaw de Astronomia, dividirão o montante de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,8 milhões) e serão premiados em cerimônia em dezembro, em Estocolmo, na Suécia.

Perlmutter, que ficará com metade do valor em dinheiro, está ligado ao The Supernova Cosmology Project, iniciativa do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e da Universidade da Califórnia em Berkeley. Schmidt, atualmente na Universidade Nacional Australiana, e Riess, do The High-z Supernova Search Team, da Universidade Johns Hopkins e do Space Telescope Science Institute, dividirão a outra metade.

Em 1998, dois grupos, um liderado por Perlmutter, e o outro por Schmidt e Riess, após observar dezenas de estrelas de grande massa explodindo no fim de suas existências (supernovas), verificaram simultaneamente a aceleração da expansão do Universo, para surpresa dos próprios cientistas.

A descoberta mudou radicalmente a cosmologia, uma vez que se achava que a expansão estaria mais lenta 14 bilhões de anos após o Big Bang, a grande explosão inicial.

Os cientistas estudaram supernovas do tipo Ia, que são explosões de estrelas velhas e compactas, tão pesadas como o Sol, apesar de serem tão pequenas como a Terra. Uma única supernova desse tipo é capaz de emitir tanta luz como toda uma galáxia.

Somados, os dois grupos encontraram mais de 50 supernovas Ia distantes cujas luzes emitidas eram mais fracas do que o esperado. Era uma comprovação de que a expansão do Universo estava acelerando, e não diminuindo de velocidade.

O que causa essa aceleração inesperada? Algo ainda mais inusitado, a que os cientistas denominaram energia escura. Essa hipotética forma de energia, que estaria distribuída por todo espaço, é um dos grandes enigmas atuais da física.

Mais informações: www.nobelprize.org

Agência FAPESP

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