Ciência e Tecnologia

Cada animal, a despeito dos padrões de comportamento de sua espécie, tem uma personalidade própria e, consequentemente, preferências individuais. Com base nesse pressuposto, pesquisadores do Instituto de Biociências (IBB) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), desenvolveram um método que ajuda a determinar as preferências de animais e dos grupos aos quais pertencem, podendo ser aplicado na escolha de alimentos e ambientes e em outras situações em que o “gosto” individual do bicho pode ser contemplado em benefício do seu bem-estar.

Estudo brasileiro divulgado na revista Oncotarget mostrou que a inibição de um RNA conhecido como RMEL3 pode reduzir em até 95% a viabilidade de células de melanoma em cultura. Embora seja um RNA do tipo não codificador, ou seja, que não contém informações para a síntese de uma proteína, o RMEL3 parece modular – de forma ainda não totalmente compreendida – as principais vias de sinalização relacionadas à proliferação e à sobrevivência celular.

canna zuccheroUm único exemplar de cana-de-açúcar é lar de 23.811 tipos de bactérias e 11.727 grupos diferentes de fungos. O achado é de pesquisadores do Instituto de Biologia (IB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que realizaram o mapeamento completo e inédito das comunidades de microrganismos que habitam todos os tecidos da cana, da raiz às folhas.

Macaco-prego (Sapajus libidinosus) Novos indícios indicam que, por volta de 700 anos atrás, macacos-prego já usavam ferramentas para quebrar castanhas de caju e extrair a parte comestível. As caravelas portuguesas ainda não tinham chegado à costa brasileira com utensílios mais sofisticados, que de qualquer maneira até hoje não estão à disposição dos animais na serra da Capivara, no Piauí.

Miconia affinisAs espécies de árvores nativas pioneiras – que têm capacidade de colonizar ambientes degradados em razão de sua alta capacidade reprodutiva e crescimento rápido, entre outras características – têm sido priorizadas em programas de restauração de florestas tropicais desmatadas. Isso porque essas árvores facilitam a transição da terra desmatada para a floresta em recomposição ao estabilizar o terreno e melhorar a conectividade entre os fragmentos florestais restantes,

Uma pesquisa em andamento na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) pretende avaliar a viabilidade de implantar um programa para rastreamento do câncer colorretal (no intestino grosso) no Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa é coordenada pelo professor José Eluf Neto e conta com apoio da FAPESP por meio do programa Políticas Públicas para o SUS (PPSUS). “Cerca de 600 indivíduos já foram incluídos e nosso objetivo é chegar a 16 mil nos próximos seis meses. Trata-se do maior estudo sobre o tema já feito no Brasil”, disse Eluf Neto em entrevista à Agência FAPESP.

Um problema que há 10 anos permanecia sem solução no campo da física nuclear de altas energias acaba de ser resolvido por meio de simulação computacional. Trata-se do padrão de distribuição dos jatos produzidos nas colisões de núcleos pesados no interior dos dois maiores colisores de partículas da atualidade, o Large Hadron Collider (LHC), na Europa, e o Relativistic Heavy Ion Collider (RHIC), nos Estados Unidos.

Richard Ian Samuels (E), Thalles Mattoso e Aline Carolino: parceria com pesquisadores britânicos na pesquisa (Foto: Divulgação/Uenf)Um método natural de controle do mosquito Aedes aegypti, baseado no ataque de um fungo entomopatogênico (que naturalmente parasita insetos), foi desenvolvido conjuntamente por pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e da Universidade de Swansea, no País de Gales, Reino Unido, liderados pelos professores Richard Ian Samuels, do Laboratório de Entomologia e Fitopatologia (LEF/Uenf), e Tariq Butt (Swansea).

O mosquito Aedes aegypti tem sido apontado como o principal vetor do vírus Zika, que, estima-se, infectou até junho 49 mil pessoas dentre 139 mil casos notificados no Brasil, e causou o nascimento de 1,6 mil crianças com microcefalia em 582 municípios. Mas, além do Aedes aegypti, o Zika também pode ter outros vetores, como o mosquito Culex quinquefasciatus, conhecido popularmente como pernilongo ou muriçoca, sobre o qual crescem as evidências de que pode estar envolvido na emergência do vírus no país.

lucciola larvaEm regiões no Cerrado brasileiro, como no Parque Nacional das Emas, em Goiás (GO), é possível observar durante noites quentes e úmidas na primavera um fenômeno, chamado de “cupinzeiros luminosos”, em que ninhos de cupins irradiam uma luz esverdeada intensa. A luz é emitida por larvas de vagalumes da espécie Pyrearinus termitilluminans, que expõem seus tórax luminescentes sobre a superfície dos cupinzeiros a fim de atrair insetos voadores para se tornarem suas presas.

A partir da década de 1990, robôs submarinos que navegam de forma autônoma, sem precisar estar ligados a uma embarcação por cabos, começaram a surgir para auxiliar nas pesquisas oceanográficas e na exploração de petróleo e gás no fundo do mar. Com sensores para navegação submersa e GPS, quando estão na superfície, além de motores e equipamentos de comunicação por rádio, eles podem ser programados para ir e voltar de um local predeterminado.

Pesquisadores do Instituto Butantan avaliarão as possíveis interações entre os vírus Zika e o da dengue durante os testes em humanos da primeira vacina brasileira contra a dengue, que estão em andamento. O anúncio foi feito por Paulo Lee Hoo, diretor da Divisão de Desenvolvimento Tecnológico e Produção (DDTP) do Instituto Butantan, em mesa-redonda sobre gargalos na produção de vacinas da dengue, chikungunya e Zika, realizada durante a 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre até o próximo sábado (09/07) no campus de Porto Seguro da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

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