A reposição do dinheiro das universidades – a UnB recebeu os mesmos R$ 27 milhões cortados anteriormente – foi possível graças à redução da meta de superávit primário, de 3,8% do PIB para 2,5%. Essa conta liberou mais de R$ 40 bilhões para os gastos do governo.
O decano de Administração da UnB, Pedro Murrieta, comemorou o retorno dos recursos. “Sem esses recursos, teríamos uma situação crítica, não conseguiríamos pagar todos os gastos de água, luz e manutenção”, afirma. O decano sempre apostava na reposição do dinheiro. “Fizemos algumas avaliações de cenários possíveis sem o dinheiro, mas o projeto de orçamento da UnB para 2009 não chegou a ser alterado”.
Na época em que houve o corte, as universidades e o MEC se mobilizaram para reaver os recursos. O Governo Federal assumiu o compromisso de fazer ajustes no decorrer do ano, mas não havia garantias de que a verba total seria retomada. “Eu sempre tive a certeza que o governo iria cumprir esse compromisso”, diz o subsecretário de Planejamento e Orçamento do MEC, Paulo Rocha.
O orçamento que o governo federal destina à UnB é de R$ 489 milhões, sendo que mais de R$ 350 milhões são reservados para o pagamento de pessoal – aposentados, inclusive. Ou seja, sobram menos de R$ 140 milhões para custeio e investimento. Os recursos são complementados por verbas captadas pela instituição - a expectativa de captação para este ano é de R$ 311 milhões.
O corte de R$ 27 milhões prejudicaria diretamente as atividades de manutenção, a assistência estudantil e a expansão do campus de Planaltina. Agora, com a suplementação orçamentária, as ações previstas nessas áreas serão mantidas.
UnB Agência