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A UnB Agência começa a divulgar série especial de reportagens sobre segurança na Universidade de Brasília a partir de quinta-feira, 14 de maio. A primeira delas relata uma história de violência sexual. A vítima é uma estudante de 18 anos a caminho de uma aula à noite. Ela foi assaltada por um rapaz que, em seguida, tentou estupra-la.
O crime ocorreu na quinta-feira, 30 de abril, das 21h às 22h, no trajeto entre a parada de ônibus da L2 Norte na altura da quadra 607 e os prédios da UnB. O homem portava uma faca e roubou celular, carteira e MP4. Por sorte, a aluna conseguiu fugir. Ficou, entretanto, o trauma da situação de violência. A jovem passa por transtornos devido aos fortes remédios contra doenças sexualmente transmissíveis e decidiu por trancar o semestre do curso na UnB. “Não me sinto capacitada no momento.”
 
Assim que tomou conhecimento do caso, a Reitoria da UnB definiu providências para prestar ajuda à família. A diretora de Desenvolvimento Social da UnB, Maria Terezinha da Silva, procurou a família da vítima na quinta-feira, 14 de maio. Ela, que é assistente social, acompanhará o caso. O reitor em exercício, João Batista de Sousa, pede por mais policiamento na região. Ele falou com a mãe da aluna. “Estamos à disposição da família para prestar todo o atendimento necessário”, afirma. 
 
A ocorrência foi registrada na 2º Delegacia de Polícia, na Asa Norte,  e procura pelo criminoso. O acusado, segundo retrato falado feito pela vítima, é um homem pardo, de cabelos pretos e olhos castanhos escuros, 1,65 metros de altura e 65 kg, aproximadamente. Ele aparenta ter entre 18 e 23 anos e chama a atenção nas suas características físicas uma pinta próxima ao olho esquerdo e os cílios bem grandes.
 
SEGURANÇA PRECÁRIA - Preocupada, a mãe da aluna reclama da falta de iluminação e segurança nas áreas externas da UnB. Ela teme que outras pessoas passem por situações similares. Crimes de atentado violento ao pudor e estupro não são recorrentes na universidade. Apenas esse caso foi notificado este ano na 2º DP. E nenhum chegou aos dados do setor de segurança da instituição.
 
A estudante vítima do crime, porém, conta que logo que conseguiu fugir falou do ocorrido com os vigilantes do Minhocão Norte da UnB. Pedia ajuda para contatar a polícia e a família. Os funcionários, no entanto, pediram que ela fosse até um orelhão e não prestaram assistência. “Eles não fizeram nada”, disse.
 
O coordenador de segurança da universidade, Edmilson Lima, foi informado do caso pela UnB Agência. Segundo ele, os seguranças e porteiros da instituição são orientados a assistirem alunos, professores e servidores nas mais variadas situações. “Quando o funcionário não pode deixar o posto, ele comunica à central e mandamos uma equipe para atender ao pedido de ajuda”, diz e complementa: “é comum levarmos pessoas da comunidade à delegacia e ao hospital. Já até trocamos pneu de carro.”
 
De acordo com o coordenador de segurança, a área entre a L2 e a L3 norte está fora do campus e por isso a equipe não faz ronda no local. Contudo, Lima reconhece que a falta de iluminação na região colabora para a ação de criminosos.

UnB Agência