Com o ato, eles confirmaram sua participação em um intercâmbio de seis meses em uma universidade da Espanha. Os próximos passos dos alunos consistirão em providenciar os passaportes, entrar em contato com as universidades eleitas por eles e aguardar o aceite para o intercâmbio. A viagem de todos deve acontecer em setembro, início do primeiro semestre das aulas na Europa. A bolsa para os graduandos será no valor de 4 mil euros e dos pós-graduandos de 5.200 euros. 

Segundo a responsável pelas gestão das bolsas na Cori, Ana Néri, esta é a quarta edição do Programa e os resultados começam a ser melhor vislumbrados com o 'feedback' dos alunos, que tem sido muito favorável. “Creio que isso não somente promove o enriquecimento intelectual do aluno, mas também a rara oportunidade de realizar um intercâmbio cultural no continente europeu, um dos mais cobiçados pelos turistas. Eles estudam quatro meses e, em outros dois meses, podem excursionar para conhecer novos países.”

A seleção dos alunos que ganharam a bolsa é feita com base no mérito acadêmico, observando-se o seu Coeficiente de Rendimento (CR), este avaliado pelas unidades de ensino. Ana Néri ressalvou então que a escolha não parte da Cori. 

Interessado no desfecho do intercâmbio, mediante a aprovação de uma das universidades espanholas, o graduando Felipe Romano, 23 anos, aguarda um retorno da Universidade de Granada, isso porque conheceu dois espanhóis de lá que lhe contaram que essa instituição tem grande destaque em sua área: Educação Física. Felipe conhece alguns países da América do Sul e enfatiza que não será mal, além de estudar na Espanha, visitar a França, a Inglaterra e a Itália. Tudo dependerá, segundo ele, do auxílio dos pais para completar os custos da viagem. “Afinal serão seis meses de permanência no país e empregando o euro", admirou-se.

Também com 23 anos,  Ivan Ordonha, mestrando do Instituto de Artes (IA), no curso de Artes Visuais, está ansioso por obter a resposta de uma universidade espanhola. Sua preferência é Salamanca. E o aluno faz questão de reforçar que a sua mais alta aspiração é o estudo. Ivan imagina que esta também será uma viagem em que poderá criar um parâmetro de qualidade para o relacionar com a Unicamp. “Nossa universidade, penso, não deve nada para a Espanha”, disse. Pretende cursar pelo quatro disciplinas no período de quatro meses. Com uma poupança, o mestrando agora poderá viver momentos exclusivamente seus.

O assessor da Cori, Alberto Serpa, comentou que nos últimos anos aumentaram as chances de intercâmbio para os alunos da Unicamp, a qual tem procurado intensificar a mobilidade através de cooperações internacionais. “A nossa meta é atingir uma maior internacionalização. E vocês poderão divulgar o que a Unicamp faz para o ensino e a pesquisa no Brasil”, concluiu.