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O Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP sedia durante essa semana a Escola Brasileira de Equações Diferenciais. Até a sexta-feira (8), o IME será palco de cursos, conferências e debate sobre o tema.
O Comitê Científico, responsável pela organização do encontro, conta com a participação de professores de diversas instituições de ensino, entre eles Antônio Luiz Pereira, Jaime Angulo Pava, Orlando Lopes e Severino Toscano Melo, todos do IME.

O objetivo principal do evento é reunir pesquisadores para divulgar seus trabalhos recentes - permitindo aos especialistas um intercâmbio de ideias - e, ao mesmo tempo, expor aos alunos de pós-graduação as tendências atuais da área de equações diferenciais. “O aluno é apresentado a uma série de problemas de pesquisas de ponta, o que enriquece a sua cultura e também o ajuda a aprender mais sobre pesquisa na área na qual ele vai escrever sua dissertação ou tese”, explica Orlando Lopes.

É a terceira vez que a Escola é realizada; e a primeira vez que a USP recebe o encontro. Em 2003 o evento aconteceu na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e em 2006, no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA-RJ). O evento desse ano mantém a mesma estrutura dos outros anos, com cursos de curta duração e conferências não-simultâneas. Entre os conferencistas estão pesquisadores brasileiros e de outros países, como Espanha e Suécia.
 
Professor Orlando Lopes
“É bom receber esse evento porque isso dá aos alunos da USP mais chances de participar”, afirma Lopes, que também destaca a participação do IME nessa área de pesquisa: “a Escola veio para a USP numa espécie de rodízio. Como nós temos um grupo de pesquisa forte nessa área, o IME surgiu como um candidato natural a sediar o evento”. 

O que é isso? Para que serve?
Equações diferenciais são diferentes de equações comuns por terem como resultado uma função ao invés de um número. Um exemplo bem simples é o de uma equação que descreve o crescimento do número de bactérias em uma cultura. Em condições ideais, esse crescimento é modelado por uma equação diferencial cuja solução permite prever como o número de bactérias cresce com o tempo.

Além desse exemplo, existem diversos tipos de equações diferenciais e, dependendo do fenômeno que ela modela, a equação terá mais ou menos complexidade. Algumas equações diferenciais surgem dentro da própria Matemática enquanto outras surgem como modelos para fenômenos de diversas áreas do conhecimento como Física, Biologia, Química, Engenharia, Astronomia e Meteorologia, entre outras. O movimento dos planetas, por exemplo, é descrito por equações diferenciais, a propagação de ondas em fluidos também, assim como as ondas de choque que acontecem quando um avião ultrapassa a velocidade do som.

Por causa dessa multidisciplinaridade, o IME oferece disciplinas de equações diferenciais em nível de graduação a alunos de Física, Astronomia e a todas as modalidades de Engenharia, além dos cursos de Matemática. Assim, todos os “alunos e pesquisadores de outras unidades que desejam se aprofundar no assunto ou precisam de assessoria são benvindos”, ressalta Orlando.