Além da Uenf e da Universidade de Hokkaido, no Japão, o convênio envolve a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O grupo brasileiro, que na Uenf é coordenado pelo professor Carlos Logullo, tem conseguido avanços na identificação e seleção de novos genes envolvidos com a fisiologia desta espécie de carrapato presente no Brasil. Estes materiais já estão sendo testados como potenciais novas vacinas. 

- O grupo japonês vem trabalhando na mesma linha e conquistando significativos avanços no controle de carrapatos naquele país. A idéia é que possamos testar nos dois países estas proteínas, comuns às duas espécies de carrapato, que são da mesma família - conta Logullo.

O convênio entre as três universidades tem vigência inicial de dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois. Neste período, seis pesquisadores brasileiros participarão de intercâmbio na universidade japonesa. Serão duas bolsas de 'doutorado-sanduíche' (onde parte do curso é cumprida no exterior), duas de pós-doutorado e duas de professor visitante. O convênio prevê ainda a quantia de US$ 10 mil para material de consumo nos laboratórios envolvidos. 

- Trata-se de mais um passo importante no processo de internacionalização da Uenf - opina o pesquisador brasileiro.

Estas colaborações se iniciaram alguns anos atrás, com o financiamento, pelo governo japonês, do pós-doutorado de dois pesquisadores brasileiros no Japão. O professor Carlos Logullo, da Uenf (2004-2005), e o professor Itabajara Vaz Junior, da UFRGS (2001-2002), fizeram pós-doutoramento no laboratório do Dr. Misao Onuma, no Japão. Em agosto de 2007, foi o Dr. Misao Onuma quem esteve na Uenf acompanhado da então doutoranda Rika Kano, da Universidade de Hokkaido.