Mercadante comemorou o crescimento do país em relação à produção científica nos últimos anos, tendo alcançado a 13ª posição mundial. “Nossa curva de crescimento não é tão acentuada quanto a da China, mas está nesse parâmetro. Ou seja, estamos produzindo cada vez mais do ponto de vista da ciência e em algumas áreas importantes já disputamos posição de liderança.”
De acordo com o ministro, considerando o total de investimentos em pesquisa e desenvolvimento no país, o setor privado responde por 46%, enquanto na China chega a 75%. “Esse baixo investimento reflete uma baixa cultura de inovação das nossas lideranças empresariais, que entendem muitas vezes que inovar é comprar uma máquina pronta e não pensar novos produtos e novos processos,” ressaltou. Para o ministro, o modelo atual da relação entre Estado e setor privado não tem fomentado a inovação.
Um exemplo de liderança brasileira citada pelo ministro está na agricultura, onde o trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), das universidades e dos pesquisadores levaram o Brasil a ser o terceiro maior produtor e exportador agrícola e o país que na última década mais aumentou o excedente exportável de alimentos. “Tudo isso é possível porque é um setor que possuí grande capacidade tecnológica, de pesquisa e inovação.”
Contudo, afirmou, o mesmo cenário não é visto no setor privado que, para ele, precisa investir mais em tecnologia e inovação. O nível de investimento público brasileiro é de 0,61% do PIB, segundo os dados da Unesco. A média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 0,69% do PIB. “O problema central do Brasil não está no esforço que o estado brasileiro está fazendo em investimento em pesquisa e desenvolvimento. O problema fundamental é que o investimento privado é muito baixo”, afirmou.
A programação do seminário, que é promovido pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado Federal, prossegue até a quarta-feira, 9.
MEC Assessoria de Comunicação Social