Em 2012, o projeto foi contemplado no programa de Apoio ao Desenvolvimento de Inovações no Esporte no Estado do Rio de Janeiro, da FAPERJ, e os recursos foram utilizados para a construção de uma quadra esportiva específica para futebol. “O terreno foi cedido por um morador do bairro, onde já existia uma quadra de areia, local em que sempre funcionou a escolinha. Só que agora, conseguimos cercar a área do campo e colocar gramado. O restante do terreno passou a ser usado para promovermos atividades sociais extensivas às famílias e eventos para arrecadação de recursos”, explica Andrade.
Todos os que trabalham na escolinha são voluntários do projeto, desde os professores até o pessoal que administra a empresa, uma associação sem fins lucrativos. “Além dos recursos arrecadados com alguns eventos, temos o apoio dos comerciantes locais, que estão sempre nos patrocinando. A verba adquirida é usada principalmente para manter os uniformes em ordem e também para promover torneios próprios e custear a participação em campeonatos organizados por outros clubes”, diz Andrade.
Para o presidente, a escolinha não atende apenas uma necessidade social, mas é também a possibilidade da realização do sonho de várias crianças. “Nossa intenção foi criar um ambiente apropriado para a educação, treinamento e principalmente desenvolvimento social, com o objetivo de preparar melhor as crianças para enfrentarem os desafios da vida”, aposta Andrade. Ele destaca ainda outro benefício: “A participação dos times da nossa escolinha em vários campeonatos é uma oportunidade para alguns jovens ingressarem na carreira de jogador de futebol profissional, já que muitos são convidados a se tornarem atletas em clubes maiores.”
Atualmente, a escolinha atende por ano cerca de 150 meninos, com idade entre seis e quinze anos. Segundo o presidente, para participar, eles devem estar matriculados regularmente em uma unidade da rede de ensino fluminense, seja pública ou privada. “O horário adaptado e inverso ao escolar faz com que esses meninos fiquem menos tempo na rua ou sozinhos em casa. Nossa meta é aumentar a capacidade de atendimento, bem como estender a iniciativa para receber também as meninas”, diz Andrade, que destaca a importância da iniciativa. “Acreditamos que propiciar educação e oportunidades é semear um futuro mais promissor, principalmente para adolescentes e jovens mais carentes”, conclui.
Elena Mandarim
Assessoria de Comunicação FAPERJ