O foco dessa avaliação tem caráter estritamente institucional e não é pontual como a de cursos, ou seja, todas as dimensões, ensino, pesquisa e extensão são focalizadas, pois são apresentados documentos e relatórios de todos os projetos da Instituição de Ensino Superior (IES).
A avaliação in loco foi feita entre os dias 25 e 29 de novembro. Vieram três avaliadores ad hoc, designados pelo MEC, os professores José Fernando Marques Barcellos, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM); Alceu Pedrotti, da Universidade Federal de Sergipe (UFSE); e Iranilson Buriti de Oliveira, da Universidade Federal de Campina Grande (UFGC). Eles foram recepcionados e acompanhados pela diretora de Avaliação institucional e presidente da CPA, profa. Scarleth O’Hara, que os conduziu em visita aos Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), e Tecnologia (ITEC). Os avaliadores também realizaram entrevistas com gestores e técnico-administrativos de diversos setores da Universidade e ainda realizaram reuniões com dirigentes, docentes e alunos para constatar o que a Instituição tem oferecido nas diversas categorias.
Segundo a professora Scarleth O’hara, a avaliação tem como referência as diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e apoia-se em cinco eixos específicos para gerar os indicadores observados, quais sejam: 1) Planejamento e Avaliação Institucional; 2) Desenvolvimento Institucional; 3) Políticas Acadêmicas; 4) Políticas de Gestão e 5) Infraestrutura Física. Em todos os eixos, a UFPA recebeu notas muito boas, o que gerou o conceito final positivo, anunciado recentemente, porque a Comissão Avaliadora tem um prazo de uma semana para entregar o relatório para o MEC para que, assim, seja analisado e, por fim, lançar uma nota para a Instituição.
Em busca da excelência - Essa avaliação é feita a cada três anos, desde 2004. A última realizada na UFPA foi em 2009, e esta foi realizada em 2014, em razão do adiamento feito pelo próprio MEC, que realizou mudanças no modo de fazer a avaliação, que gerou, segundo a presidente da CPA, um instrumento avaliativo diferente. “Aquela imagem da avaliação como auditoria é coisa do passado. Hoje, acredita-se na avaliação como etapa para o crescimento, anterior a qualquer planejamento, pois não dá para executar um bom planejamento se não houver a avaliação do resultado anterior. O conceito que recebemos é motivador e reflete que estamos no caminho certo, sinal de que o esforço está dando resultado. Chegar ao conceito 5 é um grande ideal, mas sabemos que a excelência plena não existe de fato, sempre há uma ponta, uma borda, alguma coisa para consertar, principalmente em uma universidade multicampicomo a nossa, mas queremos mais e iremos em busca”, considera Scarleth O’Hara.
Da mesma forma, pondera o reitor Carlos Maneschy, para quem o patamar de excelência não está tão distante. “Para uma IES que tem como prevalência da sua missão a incorporação de elementos de mérito como seu foco de interesse, a avaliação mostra-se fundamental para servir de parâmetro ou indicador em relação àquilo que fazemos. Neste caso em particular, essa avaliação, entre as várias que o MEC faz, tem mais profundidade e é um espelho fiel da nossa realidade. O resultado dessa avaliação é motivador para que, em uma próxima, possamos garantir qualidade ainda maior. Olhando a trajetória e as conquistas que a Universidade tem alcançado, o conceito máximo não é uma ambição desmedida”, pontua. Os resultados observados para garantir o conceito foram adquiridos durante a primeira gestão do atual reitor, que se encontra em seu segundo mandato na UFPA.