O professor e pesquisador Ivan da Mota e Albuquerque, liderança científica do Instituto Butantan, morreu no dia 25 de setembro, aos 94 anos, em São Paulo. Pioneiro nos estudos de Imunologia no Brasil, Ivan Mota formou-se em 1947 em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco. Em 1953, obteve o título de doutor em Histologia pela Universidade de São Paulo (USP). Na USP, foi professor dos departamentos de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina e de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas.
A partir de 1970 passou a trabalhar no Laboratório de Imunopatologia do Instituto Butantan, onde desenvolveu atividade científica até a aposentadoria.
De acordo com Ises de Almeida Abrahamsohn, professor titular aposentada do Departamento de Imunologia do ICB/USP, a linha de pesquisa principal de Ivan Mota foi a caracterização e a regulação dos anticorpos IgE e IgG1. “Ele foi o primeiro cientista a identificar a atividade biológica e as propriedades desses anticorpos até então desconhecidos”, escreveu à Agência FAPESP.
Um dos projetos que desenvolveu com apoio da FAPESP foi “Efeito do Veneno da Crotalus durissus terrificus (cascavel) sobre o Sistema Imune”, no qual investigou o efeito do veneno da cascavel sobre as células e o desenvolvimento da resposta imune do organismo (leia mais em reportagem da revista Pesquisa FAPESP: http://revistapesquisa.fapesp.br/2000/07/01/antiofidico-de-cascavel-fica-mais-leve-2/)
Além de desenvolver pesquisas, orientou e formou pesquisadores, e foi responsável por cursos intensivos anuais de pós-graduação em Imunologia no Instituto Butantan.
Agência FAPESP
