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idrogeologia“Hidrelétricas Amazônicas e Mudanças climáticas” foi o tema debatido na conferência que teve como palestrante o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Phillip Fearnside, juntamente com a pesquisadora da secretaria de Meio Ambiente (Sema), Vera Reis, fizeram um alerta ao público sobre os severos impactos ambientais que as usinas hidrelétricas causam.
Um dos principais pontos de discursão do debate foi a construção da Usina hidrelétrica de Belo Monte que está sendo construída no rio Xingu. Fearnside lembrou que para a sua construção, ¼ da cidade de Altamira (PA) será inundada, prejudicando dessa forma todas as comunidades indígenas e ribeirinhas que utilizam os rios como fonte de subsistência.

Além dos graves impactos para a sociedade local, existe também o impacto ao meio ambiente, pois de acordo com o pesquisador, as hidrelétricas podem emitem mais gases do efeito estufa do que geram energia. “As usinas hidrelétricas podem emitir mais gases do efeito estufa que as termelétricas, pois quando os galhos e folhas submersos apodrecem emitem gás carbônico e quando a água sai das turbinas elas emitem o gás metano”, explicou.

Para o pesquisador um dos agravantes também é o prejuízo econômico que a usina acarretará no período de vazante do rio. “Apenas nos primeiros 10 anos de funcionamento da usina de Belo Monte, ela emitirá para atmosfera 11 milhões de toneladas de CO2 por ano, isso equivale à mais poluição do que a da cidade de São Paulo”, ilustrou.

O preço socioambiental do Progresso

Hoje a tarde, 13h30, o pesquisador Philip Fearnside, participara de uma mesa-redonda sobre “As grandes obras de infraestrutura na Amazônia: o preço socioambiental do Progresso”, juntamente com a professora Andreia Zhouri da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); o pesquisador Paulo Barreto, do instituto de pesquisa Imazon; e Eduardo Gudynas do Centro Latino Americano de Ecologia Social (Claes), no teatro da UFAC.

Por Fernanda Farias/Ascom Inpa
Rio Branco (AC)