A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do reitor Rangel Junior e de toda sua comunidade acadêmica, lamenta, com profundo pesar, o falecimento do escritor, poeta, dramaturgo e romancista Ariano Suassuna, ocorrido nesta quarta-feira, 23 de julho. Artista de grande destaque, o paraibano conquistou o Brasil e o mundo com suas obras. Idealizador do Movimento Armorial, Ariano Suassuna sempre atuou na valorização da cultura popular do Nordeste Brasileiro.
Como sempre fez questão de ressaltar, entendia a arte como sinônimo de missão, vocação e festa. Com obras traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês, o escritor dedicou a vida à arte, nas suas mais variadas manifestações. Como reconhecimento do seu trabalho, foi eleito membro das academias Paraibana, Pernambucana e Brasileira de Letras.
Ariano era também um grande artista plástico - fato que poucos conhecem - sendo o criador das chamadas "iluminogravuras". Considerava-se amador nesta arte, colocando-se como um escritor que por acaso ilustra suas obras. O escritor teve contos e livros adaptados para a televisão e para o cinema. "O Auto da Compadecida" foi adaptado para a televisão em 1999, por Guel Arraes, enquanto "O Romance d'a pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta" deu origem à minissérie "A pedra do reino", com direção de Luiz Fernando Carvalho, exibida nacionalmente, em 2007. A grandiosidade de suas obras mereceu a produção de um documentário, em 2004, intitulado “O Sertão: mundo de Ariano Suassuna”, dirigido por Douglas Machado.
Ariano deixa um legado de paixão pela cultura, com o qual a UEPB muito se identifica, através de suas ações voltadas para fomentar a arte popular paraibana, nordestina e brasileira. Diante de tão significativa perda, toda a comunidade acadêmica da Universidade Estadual da Paraíba se une em solidariedade aos familiares de Ariano neste difícil momento de despedida.
