São estudantes e assalariados, residentes em 16 áreas metropolitanas pertencentes às cinco regiões do Brasil.
Segundo o professor Ilton Teitelbaum, coordenador da pesquisa, 49,8% dos entrevistados estão inseridos nas classes B e C, a maioria mora com os pais e depende financeiramente deles. Porém, 54,7% exerce alguma atividade remunerada. "As pessoas estão começando a amadurecer neste aspecto mais cedo", destaca. Os ga stos pessoais se resumem em alimentação (88,3%), transporte (64,8%), educação (47,2%), festas (46,8%) e roupas (45,8%). Em relação ao dinheiro, eles não estão acomodados: 80,7% dos entrevistados deseja melhorar financeiramente e 7,7% diz estar "começando a entrar em pânico" com sua situação. Os jovens de todas as regiões, entretanto, não sonham com riqueza, e sim com conforto e simplicidade.
A ideologia dos participantes é acumular experiências e não juntar patrimônio. Eles querem conhecer o mundo (66%) e ser feliz no trabalho (47,9%), além do desejo de formar família (38,5%). Quanto aos hábitos de consumo, eles ficam sabendo dos lançamentos de produtos pela internet (92%), indicação dos amigos (67,9%) e por meio da televisão (52,4%), sendo que os jovens preferem pontos de consumo centralizado para suas compras. Shoppings, supermercados e compras pela internet são os preferidos. Na hora da compra, pelo lado racional buscam utilidade (95,2%), durabilida de (94,4%) e o custo-benefício (93,5%). Já pelo lado emocion! al, dão importância à credibilidade (85,8%) e ao compartilhamento de amigos na rede (79,1%). "Vivemos em uma geração que compartilha ideias. Se eu tenho, você também pode ter", completa o coordenador Teitelbaum.
Na busca por lazer e informação, os jovens utilizam o telefone celular todos os dias (68,9%) e acessam blogs mais de uma vez por semana (74,5%). Procuram também pelas mídias tradicionais, assistem televisão diariamente (47,9%), ouvem rádio algumas vezes por semana (27,3%) e leem jornais também algumas vezes por semana (24,9%). A amostra afirma que os entrevistados usam internet todos os dias (95,8%), em busca de informação e notícias (78,1%) e ainda realizam compras pela internet (74,4%). As principais aquisições on-line são livros (50,5%), roupas (27,2%) e eletrodomésticos (20,3%). Na procura por marcas, eles se identificam como básicos (50,8%), versáteis (37,9%) e luxuosos (24,3%).
De acordo com o professor Teitelbaum, a Geração Y é multiplataforma e não se caracteriza como on ou off, mas sim, as duas opções. As novas mídias se expressam mais entre os mais jovens, enquanto as tradicionais são mais utilizadas pelos mais velhos. Os entrevistados estão conectados a maior parte do tempo, têm uma vida agitada e talvez não busquem a informação, esperando que ela chegue até eles. Por isso, a relação de entrega tem que ser constante e dinâmica. "Os jovens têm pressa, não há mais espaço para o junte e ganhe, é fundamental chegar rapidamente ao ganhe", finaliza Ilton Teitelbaum.