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Para a diretora da Faculdade de Fisioterapia, Lílian da Silva, a colocação se deve ao caráter teórico-prático das disciplinas. “Os alunos começam a adquirir experiência prática desde o terceiro período, com a disciplina de cenários de prática em atenção primária à saúde, até o último, com o estágio supervisionado. Todas são teórico-práticas, o que nos diferencia da maioria dos cursos de Fisioterapia, nos quais a formação prática está restrita às disciplinas de estágio oferecidas no último ano da formação”, explica.
Outro fator levantado por Lílian é o trabalho desenvolvido no campo da pesquisa, também presente no curso de Química, como conta o professor Alexandre Leitão, chefe do Departamento: “Somos um dos principais arrecadadores da UFJF em editais de ciência e tecnologia pelas agências de fomento (CNPq, Capes, Finep etc) e até mesmo junto à empresas. E isso se deve ao esforço dos professores que escrevem e coordenam esses projetos, que equipam nossos laboratórios didáticos e de pesquisa”. Segundo o docente, um diferencial é o trabalho do corpo docente, que não apenas ministra as matérias do curso como também é responsável por atividades que vão além da sala de aula.
Por representar uma universidade federal, a preocupação do Departamento de Química ultrapassa a região da Zona da Mata mineira: “Procuramos nos inspirar nas principais instituições do país, onde quer que elas estejam. Temos contato com muitos de nossos estudantes formados que estão atuando em outros estados e sabemos que eles são muito bem avaliados”.
Segundo Lílian, os estudantes formados em Fisioterapia pela UFJF estão aptos a atuar em ações que vão desde atenção primária ao atendimento em unidades de terapia intensiva. Ressalta também que a rede privada de saúde absorve um maior número de profissionais da área do que a pública.
Na Química, a demanda é maior no ensino e na área de análises. “Apesar disso, nossos ex-alunos têm atuado com êxito na fabricação de produtos químicos, na pequisa e em inovação de produtos”, conta Leitão.
Método
O ranking, organizado pelo jornal Folha de S. Paulo, existe desde 2012, mas a metologia utilizada em 2013 sofreu mudanças, como a criação do item internacionalização, além dos próprios critérios, como ampliação dos entrevistados e redistribuição do peso de cada quesito.
Na avaliação do mercado de trabalho, as mudanças concentraram-se no número de cursos, que passou de 20 para 30, e na divisão por área. Assim como na primeira edição do ranking, o indicador foi desenvolvido a partir de entrevistas realizadas pelo Instituto Datafolha. Foram consultados 1.681 profissionais responsáveis pelo setor de recursos humanos de empresas que atuam nas áreas dos cursos avaliados.
As análises se dividem em duas vertentes: uma que leva em conta 192 universidades do país que têm como objetivo o ensino, a pesquisa e a extensão, e outra em que são avaliados 30 cursos de graduação que mais receberam matrícula em 2011, independentemente se são oferecidos por universidades, centros universitários ou faculdades. O quesito inserção no mercado de trabalho está incluído na segunda categoria.
Mesmo que os métodos tenham sido diferentes, a UFJF apresentou uma melhora nos dois rankings: no total das universidades, a UFJF ficou em 30º lugar em 2013, subindo oito posições. Já na categoria mercado de trabalho, a instituição teve uma melhora ainda mais evidente em relação a 2012, passando da 84ª para 57ª colocação.
Outras informações: Ranking Universitário Folha 2013