Segundo Chuzel, os franceses estão em busca do fortalecimento de três grandes frentes: a ampliação das parcerias científicas; a expansão dos programas de capacitação profissional; e o estreitamento das relações entre o setor acadêmico e o setor empresarial. “Queremos favorecer as discussões entre grupos empresariais franceses e pesquisadores brasileiros. A estratégia das empresas multinacionais está mudando. Antes, elas só realizavam pesquisas no país de origem, agora nossas empresas querem investir em pesquisa aqui no Brasil”, disse.
Já em relação às parcerias científicas, Chuzel falou sobre a importância do programa de cátedras francesas no Estado de São Paulo, que tem sido ampliado ano a ano. O programa permite que as universidades estaduais paulistas acolham professores ou pesquisadores de instituições francesas de ensino e de pesquisa por um período superior a 45 dias e inferior a um ano. Para se candidatar ao programa, é preciso elaborar um projeto em parceria com um professor da universidade brasileira, descrevendo as atividades de ensino e pesquisa que serão desenvolvidas. “É importante, para nós, termos um retorno em relação a esse programa e também compreendermos como podemos melhorá-lo”, acrescentou Chuzel.
O ICMC já recebeu pesquisadores franceses por meio do programa de cátedras e, durante a visita dos adidos ao Instituto, eles tiveram a oportunidade de ouvir a opinião de alguns professores do ICMC sobre o assunto. “A pré-existência de um contato facilita muito o programa de cátedras”, afirmou o professor Nivaldo Grulha Júnior.
O presidente da Comissão de Relações Internacionais do ICMC, Paulo da Veiga, entregou aos representantes do consulado um levantamento com todas as visitas realizadas por pesquisadores francesas ao Instituto nos últimos 10 anos. Além de apresentar as principais informações sobre o ICMC, ele também sugeriu aos adidos que façam uma compilação das oportunidades de parceria científica identificadas durante a visita para que se construam futuras cooperações entre grupos de pesquisa da USP São Carlos e da França.
“Os matemáticos franceses estão descobrindo agora que existem outros lugares para fazer pesquisa além do tradicional Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, no Rio de Janeiro”, disse Chuzel.
Integração e cooperação
Também participaram do encontro o vice-diretor do Instituto de Física de São Carlos, Osvaldo Novais de Oliveira Junior; a professora do Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos, Anja Pratschke; e os seguintes professores da Escola de Engenharia de São Carlos: Álvaro Martins Abdalla, Irineu da Silva e Volnei Tita.
Eles apresentaram informações sobre as principais áreas de pesquisas existentes em suas unidades, as parcerias já realizadas com instituições francesas e reforçaram o interesse em fortalecer o vínculo com a França. O vice-diretor do Instituto de Física de São Carlos ressaltou a integração e a colaboração entre as unidades do campus na área de pesquisa e apresentou dados que mostram por que São Carlos é a capital da tecnologia. “Daqui a 15 ou 20 anos, São Carlos deve se tornar uma cidade referência no desenvolvimento de tecnologias para medicina”, finalizou Oliveira Junior.
Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC
