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A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) subiu 18 posições no ranking que avalia as universidades da América Latina entre 2009 e 2012, saltando da 77ª posição para a 59ª entre mais de mil instituições de ensino superior analisadas. O ranking, organizado pela empresa espanhola SCImago Institutions Ranking, avalia a quantidade de produções científicas publicadas nos últimos cinco anos pelas universidades e centros de ensino e pesquisa latinos.
A lista mais recente, publicada em 2013, considera os 1.578 artigos da UFJF de 2007 a 2011. E apenas em comparação com o ranking divulgado em 2012, a Universidade subiu nove posições.

Na avaliação que inclui instituições da Espanha e Portugal, a evolução da UFJF também foi notável. Em apenas quatro anos, a Universidade ultrapassou outras 21 instituições de ensino, alcançando o 112º lugar entre aproximadamente 1.600 avaliadas.

A quantidade de artigos verificada consta no banco de dados internacional Scopus, que reúne artigos publicados em mais de 24 mil revistas ou jornais acadêmicos e publicações comerciais. Além de computar a quantidade de documentos produzidos, a lista analisa outros aspectos, como o impacto do artigo com base no número de citações que obteve e o percentual da produção publicada em colaboração com instituições de outros países.

Avanço da pesquisa e da pós-graduação

Segundo o pró-reitor de Pós-graduação da UFJF, Fernando Aarestrup, a melhora da Universidade no ranking tem explicação, e o objetivo é crescer ainda mais. “Essa evolução se deve a uma política forte de investimentos, que visa ao crescimento e qualificação das áreas de pós-graduação e à pesquisa da Universidade. A expectativa é que nos próximos anos a entidade melhore ainda mais o rendimento”, afirma.

Para o professor do curso de Medicina da UFJF que realiza um acompanhamento constante desses dados, Alexander Moreira-Almeida, existe um fator determinante para acreditar que haverá melhora no ranking. “Além do investimento no trabalho de pesquisadores e estudantes, a UFJF ampliou seus programas de pós-graduação, muitos deles ainda não operam na sua capacidade máxima de alunos”. No entanto, a quantidade de produção acadêmica não é a única preocupação da UFJF. “Os programas de doutorado estão crescendo, e são deles que saem a maioria dos trabalhos de referência que são publicados nos periódicos mais importantes. Muitos desses trabalhos são recentes e não foram avaliados pelo ranking. Igualmente importante para melhorar qualitativamente esses números é reforçar parcerias com instituições e pesquisadores internacionais”, completa Moreira.

O coordenador de programas de Pós-Graduação stricto sensu da UFJF, Ademar Alves, exalta o trabalho dos diferentes setores da Universidade. “Essa evolução no ranking e na produção científica, apresentada nos últimos anos pela UFJF, reflete um empenho coletivo e a participação conjunta de diversos órgãos nesse período, incluindo a Administração Superior, os pesquisadores, coordenadores dos programas de pós-graduação, docentes e técnico-administrativos envolvidos”.

Entre os investimentos, está a aplicação de mais de R$ 1 milhão na compra de livros técnicos, equipamentos de pequeno e médio porte e softwares. A instituição ainda incentivou a tradução de artigos para o inglês e a vinda de 34 pesquisadores estrangeiros visitantes, que ficaram entre uma semana e 28 dias na Universidade.

Outras razões para esse avanço foram abordadas pela Pró-reitora de Pesquisa da UFJF, Marta D’Agosto. “A política de priorização pela contratação de professores doutores e a ampliação do corpo docente refletem nesses indicadores. Além disso, as condições relacionadas às pesquisas e à pós-graduação oferecem um ambiente favorável a essa melhora”. Com mais laboratórios e melhor equipados, é possível produzir mais pesquisas. Em 2012, a Universidade captou R$ 9 milhões para a compra de equipamentos, valor recorde na história da instituição.