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Bertha-Koifmann-BeckerGeógrafa e uma das mais respeitadas pesquisadoras da Amazônia em âmbito mundial, Bertha Koifmann Becker faleceu no último sábado, 13 de julho, aos 82 anos, no Rio de Janeiro, deixando uma lacuna impreenchível, mas também um legado teórico e intelectual de grande expressão. Bertha iniciou sua trajetória profissional no início da década de 1950, quando se graduou em geografia pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil,

a atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição na qual concluiu o seu doutoramento em 1970 e desenvolveu uma extensa atividade docente por quarenta anos.

Integrante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Bertha realizou o pós-doutorado no Departamento de Planejamento e Estudos Urbanos do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Uma das responsáveis pela renovação do ensino e da pesquisa da geografia no Brasil, Bertha se mantinha em plena atividade, fazendo parte do Laboratório de Gestão do Território (Laget) da UFRJ e participando do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Biodiversidade e Uso da Terra da Amazônia, sediado em Belém do Pará.

A Amazônia foi seu principal objeto de reflexão nas últimas três décadas, ocupando grande parte de sua produção teórica, que abrange cerca de duas dezenas de livros e mais de uma centena de artigos e manuscritos teóricos.

Um dos artigos dedicados a analisar a região amazônica, abordando a sua dinâmica urbana, foi publicado em 2005 no livro Economia e Território, organizado pelos professores Clélio Campolina Diniz, reitor da UFMG, e Mauro Borges Lemos.

Em outro livro organizado pelo reitor da UFMG, Políticas de Desenvolvimento Regional: Desafios e Perspectivas à Luz das Experiências da União Européia e do Brasil, publicado em 2007, Bertha examina o papel desempenhado pela infraestrutura de logística na reorganização do território, com ênfase nos aspectos geopolíticos.

Os estudos e pesquisas que realizou sobre a Amazônia projetaram o nome de Bertha em âmbito mundial, transformando a geógrafa brasileira na principal referência internacional sobre a região. Mas a atuação de Bertha extrapolou o campo meramente acadêmico, se expressando também numa importante e contínua intervenção na realidade política e social amazônica, envolvendo, principalmente, as complexas questões fundiárias dessa fração do território nacional.

UFMG Assessoria de Imprensa