
Neves, que tem Bolsa da FAPESP, foi orientado no trabalho pela professora Ana Claudia Moreira Almeida Verdu, da Faculdade de Ciências da Unesp, e pelas pesquisadoras Adriane de Lima Mortari Moret e Leandra Tabanez do Nascimento.
Segundo Verdu, o trabalho é resultado de uma parceria entre unidades da Unesp, da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de São Carlos, no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Comportamento, Cognição e Ensino (INCT-ECCE).
“Estudamos o funcionamento simbólico em crianças com deficiência auditiva pré-lingual, isto é, privadas de estimulação sonora, mesmo antes de aprenderem a falar, mas que receberam o implante coclear – aparelho colocado cirurgicamente na parte interna do ouvido e que restabelece a detecção sonora –, portanto necessitam aprender a dar significados aos sons da fala”, disse Verdu.
Na maior parte das crianças usuárias do implante coclear, aprender a ouvir e a falar ocorre incidentalmente pelo uso do implante e pelo estabelecimento de interações verbais com as pessoas. Porém, em uma parcela desta população, as funções de ouvir e de falar não ocorrem no mesmo ritmo.
Verdu explica que as pesquisas têm sido realizadas no processo de reabilitação desses indivíduos e um dos aspectos focalizados é o "treinamento de habilidades auditivas" e as relações que o ouvir estabelecem com o falar.
Mais informações: www.unesp.br/#!/noticia/11167/mestrando-e-premiado-em-congresso-internacional-de-surdez
Agência FAPESP