“Esperamos que a colaboração se inicie nessas áreas em que tanto os pesquisadores brasileiros como aqueles que fazem parte da rede ATN são fortes. Estaremos visitando as universidades paulistas ao longo desta semana para discutir áreas de interesse comum e formas de unir nossos pesquisadores em projetos que poderão ser financiados por meio deste acordo”, afirmou Sharma à Agência FAPESP.
Sharma espera que a parceria promova o intercâmbio entre cientistas australianos e paulistas e crie condições para a realização de projetos mais ambiciosos. “Eventualmente, gostaríamos também de engajar empresas que operam tanto na Austrália como no Brasil.”
“O fato de a ATN estar constituída na forma de rede nos permite aprofundar ainda mais a colaboração em diferentes áreas. Sabemos que o conhecimento não tem fronteiras e a oportunidade de trabalhar com colegas de outros países é muito importante para a FAPESP”, afirmou o presidente da FAPESP, Celso Lafer, durante a cerimônia de assinatura do documento.
Lafer explicou que, de acordo com a Constituição do Estado de São Paulo, 1% das receitas do governo estadual é obrigatoriamente destinado à FAPESP para o financiamento de pesquisas. “Isso nos dá oportunidade de pensar a longo prazo e nos permite operar com autonomia”, disse.
O diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, explicou como os recursos destinados à pesquisa são administrados e apresentou um panorama da ciência no Estado de São Paulo.
“Posso dizer que estamos sofrendo de inveja científica. Ter 1% da receita governamental garantido é algo de que nós gostaríamos para o Australian Research Council. Também fiquei interessada na forma como o recurso é administrado pela FAPESP. É certamente um modelo maravilhoso”, disse a diretora executiva da ATN, Vicki Thomson.
Além da Queensland University of Technology, fazem parte da rede ATN a Curtin University, The University of South Australia, RMIT University e The University of Technology, Sydney. O grupo é reconhecido nacional e internacionalmente por seus fortes laços com o setor industrial e por realizar pesquisas aplicadas e de impacto.
A FAPESP também possui acordo de cooperação científica com a University of Melbourne.
Agência FAPESP