
“Nossa gestão busca o diálogo interno e externo, a fim de crescer de maneira ordenada e realizando prestação de contas sobre todas as nossas ações. Todos os passos desse processo também serão discutidos e decididos nas instâncias institucionais de nossa universidade, em especial, o Conselho Universitário”, disse a reitora da Unifesp, Soraya Smaili.
No dia 2 de abril, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou a concessão de uso pela Unifesp, por um prazo de 90 anos, de uma área de 163 mil metros quadrados, situada na avenida Jacu-Pêssego, em Itaquera. A medida ainda deve ser sancionada pelo prefeito da capital paulista, Fernando Haddad.
A universidade tem o prazo de um ano, a partir da assinatura do contrato pelo prefeito, para apresentar os projetos de edificações que serão avaliados pelos órgãos técnicos municipais competentes. A instituição também fica obrigada a concluir as obras em três anos, contados a partir da aprovação dos projetos.
Na semana passada, Smaili recebeu representantes dos movimentos sociais da zona leste na sede da reitoria, que apresentaram suas demandas. Além de construir o campus, a universidade pretende fortalecer projetos de extensão já existentes na zona leste.
A reunião do dia 26 deve ser a primeira de uma série de audiências públicas convocadas pela Unifesp para que o assunto seja amplamente debatido e os diferentes interesses sejam contemplados. “Queremos um novo modelo de implementação de campus da nossa universidade, integrando o nosso ponto de vista com as necessidades dos movimentos sociais, da Prefeitura e do MEC [Ministério da Educação]. Trata-se de uma nova etapa da Unifesp”, disse Smaili.
Em reunião na prefeitura, o pró-reitor adjunto de Planejamento, professor Pedro Arantes, ressaltou que o terreno previsto para a construção do campus está em uma Área de Preservação Ambiental (APA) e que a Unifesp pode colaborar com a fiscalização. Além disso, apontou que atualmente há uma ocupação irregular das terras, com moradias e um ferro-velho construídos.
Para que a remoção da ocupação ocorra pacificamente, a subprefeitura de Itaquera se comprometeu a mobilizar uma equipe, que também poderá limpar o terreno e fornecer condições básicas para a reformulação de uma estrutura já existente no local, fornecendo, além dos serviços de limpeza, o abastecimento de água e energia elétrica.
Mais informações: http://dgi.unifesp.br/sites/comunicacao/index.php?c=Noticia&;m=ler&cod=4c97e0fe.
Agência FAPESP