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Prestar apoio à pessoas com deficiência auditiva em situação de vulnerabilidade social, e à seus familiares. Esse é um dos objetivos principais do “Programa de assistência fonoaudiológica para a formação e fortalecimento de redes de apoio voltadas a pessoas com deficiência, e suas famílias”, em prática no curso de Fonoaudiologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
Centenas de pessoas estão sendo beneficiadas pelo projeto, que ocorre na Universidade e em três Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), de Itajaí. O atendimento é inteiramente gratuito e recebe pacientes e familiares de 53 municípios da região do Vale do Itajaí.

“A família é muito importante no processo de integração da pessoa surda. O objetivo do programa é trabalhar a inserção social do surdo junto com a família, especialmente aquelas que estão em situação de vulnerabilidade ou isoladas por conta da deficiência”, explica Aline Gonçalves da Silva, assistente social responsável pelo Programa. Além dela, trabalham na iniciativa, uma psicóloga e três fonoaudiólogas.

Grupos de apoio foram formados com adolescentes, idosos e pais de crianças surdas. Os encontros são periódicos, semanais e quinzenais, e ocorrem na Univali. “Trabalhamos o empoderamento e a comunicação entre os participantes. É um espaço de convivência e troca, onde eles percebem que não estão sozinhos e que podem ter uma qualidade de vida melhor”, afirma a assistente social.

Nos CRAS, situados nos Bairros Imaruí, Promorar 2 e Nossa Senhora das Graças, são realizadas oficinas sobre temas relacionados a comunicação, propostos conforme às necessidades das comunidades.

Teste da orelhinha

Além de projetos comunitários, o curso de Fonoaudiologia dispõe do Serviço de Atenção à Saúde Auditiva (Sasa), que faz permanentemente o “teste da orelhinha”. O exame, realizado em recém-nascidos é gratuito para bebês de todos os municípios da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri). Para marcar é necessário procurar uma unidade de saúde (postinho) do município, que fará o agendamento.

O procedimento, que deve ser feito no primeiro mês de vida do bebê, avalia a audição em recém-nascidos detectando precocemente perdas auditivas que possam influenciar no aprendizado da linguagem oral e escrita.

O teste dura de três a cinco minutos e é indolor. Ele é absolutamente inofensivo, não exige nenhum tipo de intervenção invasiva como o uso de agulhas ou qualquer objeto perfurante. Funciona com a colocação de um pequeno fone na parte externa do ouvido do bebê.

Problemas detectados no teste da orelhinha ou ainda na maternidade são atendidos no próprio Sasa. O serviço, autorizado pelo Ministério da Saúde, realiza atendimento fonoaudiológico de alta complexidade para crianças de 0 a 3 anos. Além de prestar auxílio no diagnóstico e na reabilitação, o serviço faz acompanhamento com terapias fonoaudiológicas e adaptação de aparelhos auditivos.

FATORES DE RISCO PARA SURDEZ:

Bebê de 0 a 28 dias

- História familiar: ter outros casos de surdez na família;
- Infecção intra-uterina: provocada por citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital ou toxoplasmose;
- Baixo peso;
- Hiperbilirubinemia: doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê fica todo amarelo por causa do aumento de uma substância chamada bilirrubina;
- Medicações ototóxicas;
- Síndromes neurológicas: Síndrome de Down ou de Waldemburg, entre outros.
 
Mais informações: (47)3341-7589, Serviço de Atenção à Saúde Auditiva (Sasa) | (47)9626-5432, com Aline Gonçalves da Silva, assistente social.