Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn
A data de 2 de abril marca o dia mundial de conscientização do autismo, disfunção que afeta 1 a cada 88 indivíduos. O diagnóstico precoce é muito importante para aumentar as chances de desenvolvimento e de qualidade de vida das pessoas incluídas no espectro autista. É usado o termo "Espectro", visto que o grau de acometimento é variável, de casos leves a severos, podendo ou não estar associado ao retardo mental.
Quem convive e trabalha com crianças têm o dever de acompanhar o seu desenvolvimento neuropsicomotor e estar atento para auxiliar quanto ao diagnóstico precoce.

São sinais de alerta do atraso de desenvolvimento bastante importantes:

    aos 2 a 3 meses, o bebê não faz contato frequente olho no olho;
    aos 6 meses, não dá risada ou tem expressões alegres;
    aos 9 meses, ainda não balbucia;
    com 1 ano, não atende ao chamado do seu nome;
    aos 16 meses, não fala palavras;
    aos 18 meses, não aponta para algo de seu interesse;
    aos 24 meses,: não fala frases de 2 palavras;
    em qualquer momento: perda de alguma habilidade já dominada (parar de falar ou de interagir, por exemplo); crises de choro sem causa aparente; distúrbio frequente do sono.

Ao notar esses sinais, não fique em dúvida, procure imediatas respostas com o pediatra, com o pediatra especialista no desenvolvimento ou com o neurologista infantil.

O tratamento atual não é voltado à cura, mas à melhoria das dificuldades que o indivíduo com TEA (Transtorno do Espectro Autista) apresenta. É feito de forma intensa com terapeutas de diferentes áreas, da psicologia, fonoaudiologia, terapeuta ocupacional, musicoterapia e educadores especializados.

É equivocada a visão da pessoa com autismo unicamente como possuidora de comportamentos bizarros e incapaz de se integrar. Ao contrário, a inserção na escola e no mercado de trabalho, além de constituir um dever da família, da sociedade e do Estado, é essencial para o seu desenvolvimento e a sua integração social.

Devemos reconhecer que têm características singulares, necessidades diferentes, mas sem a intenção de deixá-los prisioneiros dessas características. É necessário acolher e auxiliar para que rompam suas próprias barreiras. A conscientização é o primeiro passo neste importante processo de inclusão social.

Ana Beatriz de Figueiredo Brandão Squadri (CRM 31.267)
"Prevalence of Autism Spectrum Disorders - Autism and Developmental Disabilities Monitoring Network, 14 sites, United States, 2008." Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention. Morbitity and Mortality Weekly Report, 30 march 2012.

* Texto técnico veiculado mediante autorização
Assessoria de Comunicação Social - PUCRS