O estudo leva em consideração itens como a proporção de casos para o número de habitantes de cada região e o crescimento da frota de veículos no período. Foram analisados os índices de acidentes de trânsito e óbitos por acidentes de trânsito ocorridos em 2007 e em 2009 (antes e depois da lei).
No estado, 31 microrregiões tiveram uma leve melhora na redução dos acidentes. Na contramão, 25 microrregiões tiveram leve piora nos indicativos, uma teve moderada piora e uma registrou grande piora.
Na Região Metropolitana no Vale do Paraíba – que é dividida em seis microrregiões, de acordo com classificação do IBGE –, houve leve melhora nas microrregiões de Guaratinguetá, Campos do Jordão, Paraibuna/Paraitinga e Caraguatatuba. Já as microrregiões de Bananal e de São José dos Campos apresentaram leve piora dos indicadores.
O levantamento foi publicado na Revista da Associação Médica Brasileira – importante publicação científica de abrangência internacional – em agosto. Ele foi realizado pela estudante do sexto ano do curso de Medicina da UNITAU, Marcela Neves Nunes, sob orientação do Prof. Dr. Luiz Fernando Nascimento, do Departamento de Medicina.
O docente da UNITAU explica que os dados podem estar relacionados a diversos fatores. “Nós fazemos o levantamento dos dados sobre os acidentes, as causas podem ter diversas explicações, como, por exemplo, a ingestão de álcool pelo motorista, a má conservação de estradas, a falta de sinalização e a imprudência dos motoristas. Cabe aos gestores identificá-las e adotar medidas para garantir a redução dos acidentes”, disse o docente e pesquisador.
De acordo com ele, um novo estudo deverá ser elaborado, com a análise de dados de antes e após a nova Lei Seca.