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O uso de novas tecnologias em seres humanos não é mais cena de cinema. Atualmente, pesquisadores avançam cada vez mais na aplicação de dispositivos artificiais em organismos vivos, fazendo uso da chamada bioengenharia. Para acompanhar os recentes estudos nesta área e solidificar a pesquisa na universidade, a UNINOVE mantém parceria com o Instituto Politécnico de Milão, criando uma cooperação técnico-científica entre as duas universidades.
Uma das ações desse convênio foi o desenvolvimento de uma palmilha especial, já em teste em adultos e crianças com paralisia cerebral e pessoas que sofreram Acidente Vascular Encefálico – conhecido como derrame –, com a proposta de oferecer mais qualidade de vida às pessoas. Após a indicação da palmilha, os pacientes passam por uma avaliação de marcha e de equilíbrio, para verificar a maneira de andar, realizada no laboratório de Análise Tridimensional do Movimento da UNINOVE.

Considerada a maior universidade técnica da Itália, com cerca de 40 mil estudantes nas áreas de Engenharia, Design e Arquitetura, o Politécnico desenvolve, entre diversas pesquisas, estudos na área de bioimagem, técnicas para o diagnóstico precoce da surdez e modelos digitais do sistema arteriovenoso que dão suporte para a criação de um coração artificial. Além disso, o Departamento de Bioengenharia da instituição integrou uma equipe multidisciplinar que criou uma cadeira de rodas inteligente, capaz de se mover dentro da casa do usuário de acordo com os seus impulsos cerebrais.

Protótipo

A aplicação dessas tecnologias em solo brasileiro também está incluída no acordo firmado entre as instituições, inclusive com a utilização de um protótipo voltado à melhoria na intervenção nos pacientes da Clínica de Fisioterapia da universidade.

O equipamento, construído no Instituto Politécnico de Milão, avalia o sinal presente em diversos casos de distúrbios neurológicos, ou seja, na contração descontrolada de um músculo que impede o movimento normal das mãos, dos pés ou do tronco. Na UNINOVE, o protótipo foi testado em crianças com paralisia cerebral, com os resultados da pesquisa publicados em revistas científicas internacionais.

De acordo com a professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências da Reabilitação e presidente do Comitê de Ética em Pesquisa da UNINOVE, Claudia Santos Oliveira, esse sistema permitirá uma avaliação mais precisa, indicando com exatidão o tipo de tratamento para cada paciente. “O protótipo representa o início da colaboração técnico-científica entre as duas instituições, no Brasil e na Itália, com o desenvolvimento de projetos inovadores na área de tecnologia em reabilitação”, explicou.

Além dos instrumentos que podem ser aplicados na UNINOVE, o convênio também permite o intercâmbio entre alunos e pesquisadores. Segundo Claudia, anualmente pesquisadores de Milão visitam a universidade, para discutir projetos e treinar os estudantes. “A UNINOVE está investindo em programas de internacionalização envolvendo projetos de pesquisa, docentes e universitários. Acreditamos que este envolvimento resultará em benefícios aos pacientes e também na formação dos alunos da UNINOVE envolvidos nesta parceria”, finalizou.