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A universidade indo longe e cada vez mais se aproximando da comunidade. Em entrevista ao programa Fala Paraíba, veiculado na Rádio Tabajara, o reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), professor Rangel Junior anunciou a implantação de um ousado programa que levará a Instituição para todo o estado. A proposta deve ser debatida e aprovada na próxima reunião do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) e do Conselho Universitário (Consumi), que são as instâncias superiores da Universidade.
A ideia é realizar uma grande ação social envolvendo estudantes, professores e outros segmentos ligados a Universidade, nos moldes do projeto Rondon, que já existiu no Brasil no passado e que, posteriormente, se transformou em Universidade Solidária. "Queremos fazer uma grande ação social da UEPB na Paraíba. E essa ação social envolve a participação de grupos de estudantes para que possamos, juntamente com professores, orientadores e supervisores, tentar chegar a todos os municípios paraibanos", destacou o reitor.

Rangel Junior observou que a UEPB poderá chegar nessas cidades não apenas com a instalação de câmpus, mas levando serviços oriundos de projetos de extensão realizados em várias áreas como Direito, Saúde e Cultura. A proposta é criar um programa no qual, a cada período de férias, grupos de estudantes possam se deslocar acompanhados de professores para desenvolverem projetos e ações sociais nas mais longínquas regiões do Estado.

Isso criará um vínculo entre a Universidade e a comunidade, além se transformar em uma experiência muito proveitosa para os estudantes que sairão enriquecidos na sua formação profissional. Mais que solidariedade, esses projetos, segundo o reitor, resultarão na aplicação de conhecimentos. Ou seja, o estudante levará para a prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

Para Rangel Junior, a relação teoria e prática é indispensável na formação do estudante. Entre tantos projetos que pretende realizar nos próximos anos, Rangel Júnior anunciou a sua pretensão de construir a “Biblioteca Oscar Niemeyer”. O projeto, doado pelo homem que projetou Brasília, e assinou a obra do Museu dos Três Pandeiros, está pronto e, quando for executado, irá valorizar ainda mais a área em torno do Açude de Bodocongó. Ele também se posicionou amplamente favorável a reurbanizaçaõ do referido açude, destacando que o espaço está morto e precisa de ações efetivas para renascer. Na visão do reitor, é preciso criar condições para a execução do projeto de reurbanização do Açude que, no passado, inspirou artistas e faz parte da história de Campina Grande.

Durante a entrevista, Rangel Junior também fez um balanço positivo de seus primeiros dois meses a frente da instituição. Ele pontuou que a UEPB tem uma estrutura e uma espécie de vida orgânica própria, principalmente no que diz respeito ao ensino, a pesquisa e a extensão. Assim, pode caminhar sem necessariamente depender da gestão.

O papel do gestor, segundo ele, é pensar em como criar condições para que tanto a parte científica como a acadêmica possa olhar para o futuro sem, com isso, deixar de tirar a vista do chão e do seu entorno, contribuindo para melhorar a qualidade de vida do povo. O desafio é dotar a universidade de condições para atuar com eficiência os seus objetivos sociais, acadêmicos e científicos.

Com esse pensamento, Rangel Junior anunciou que nos próximos dias estará abrindo, juntamente com os conselhos da Instituição, um projeto de reforma administrativa que tornará a UEPB ainda mais eficiente. "A Universidade vai bem, estruturada. Muitos planos, muitos projetos. E acredito que teremos um ano muito bom para continuarmos fazendo da UEPB um importante instrumento de desenvolvimento para o povo da Paraíba", comentou.

A UEPB conforme destacou Rangel Junior vive uma realidade nova com estudantes sendo aprovados em concurso público antes de concluir a graduação. Esse fenômeno, de acordo com o reitor, surgiu em decorrência do crescimento da Instituição e do investimento em professores, o que realça a qualidade do ensino. "A Universidade, ao longo dos anos, vem construindo um caminho novo, que é se aproximar desse modelo de universidade que também faz pesquisa e busca novos conhecimentos", finalizou.