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O professor Roberto Rinaldi Sobrinho lidera, no Instituto Max Planck, na Alemanha, um grupo que desenvolve pesquisas relacionadas à biomassa, com foco na produção de biocombustíveis. No dia 31 de janeiro, Rinaldi esteve na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde foi aluno na graduação e pós-graduação, tendo sido por três vezes bolsista da FAPESP.
Entre os compromissos na universidade, Rinaldi, que recebeu em 2010 o prêmio Sofja Kovalevskaja da Fundação Alexander von Humboldt, concedeu entrevista ao Portal da Unicamp.

Na entrevista, o pesquisador falou sobre os temas do grupo de pesquisa que coordena no Instituto Max Planck e dos resultados. “Nosso primeiro objetivo é entender os processos. Em relação à celulose, conseguimos desenvolver um processo catalítico que não tem a necessidade do uso de solvente. É um processo catalisado, mas dirigido por forças mecânicas, que tem chamado muito a atenção da comunidade científica internacional e também de empresas do ramo químico e de energia”, disse.

“Na área de lignina, depositamos importantes patentes em 2012 a respeito da transformação química dessa fonte em insumos químicos. A lignina é um resíduo da indústria de bioetanol. Para cada quilo de etanol de cana de açúcar, produzimos de 1 a 3 quilos de lignina. Esse insumo químico, que contém 40% da energia da biomassa e 30% do carbono da biomassa, é atualmente utilizado na queima, para geração e energia. Mas se você conseguir fazer uma transformação química da lignina, você pode utilizá-la em substituição ao petróleo para obtenção de diversos derivados. Estou muito otimista, pois temos conseguido resultados importantes. Acredito que em mais um ou dois anos todo esse esforço de montagem do grupo e do laboratório começará a trazer resultados práticos”, disse Rinaldi.

Rinaldi também falou sobra a importância de aproximar pesquisadores do Brasil e da Alemanha. “Meu anseio é que as relações entre os dois países se estreitem muito, em todas as áreas do conhecimento. Vejo muita sinergia na maneira de pensar do brasileiro e do alemão. Há uma combinação boa de talentos”, disse.

Na visita à Unicamp, Rinaldi acompanhou Nora Jacobs, representante da Fundação Alexander von Humboldt. Os dois foram recebidos pela professora Anne Hélène Fostier, assessora da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori) da Unicamp.

Durante o encontro foram tratados diversos temas, entre eles possíveis acordos voltados ao estreitamento das relações entre a universidade e instituições de ensino e pesquisa alemãs. Depois da reunião, Jacobs e Rinaldi fizeram uma visita ao Instituto de Química (IQ). No IQ, Rinaldi ministrou a palestra intitulada “Novas estratégias em catálise para o aproveitamento de celulose e lignina”.

Leia a entrevista completa em: www.unicamp.br/unicamp/noticias/2013/01/31/o-brasil-precisa-se-projetar-no-exterior-afirma-rinaldi.

Agência FAPESP