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O Brasil tem se destacado perante os demais países no que diz respeito à construção da chamada Economia Verde, que inclui reciclagem, utilização de energia renovável e geração de empregos nessas áreas. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a indústria de reciclagem brasileira gera um retorno de cerca de dois bilhões de dólares por ano, ao mesmo tempo em que reduz as emissões de gases em 10 milhões de toneladas.
Em Petrópolis, o programa Coleta Seletiva Porta a Porta, da companhia de lixo da cidade (Comdep), recolheu, em outubro, 95 toneladas de material reciclável. Contudo, o serviço, que é realizado semanalmente, atende somente a cinco bairros. Atentas à realidade de localidades do município carentes da coleta regular do lixo, alunas do curso de Medicina da FMP/Fase resolveram se mobilizar para levar a coleta seletiva ao bairro Estrada da Saudade e redondezas, locais que costumam frequentar devido ao estágio realizado no Posto de Saúde da Família que atende à região.

Após reuniões com representantes da companhia de limpeza da cidade e a apresentação de um abaixo-assinado, realizado em sala de aula, as alunas conseguiram que a coleta seletiva fosse introduzida no bairro. “O envolvimento com a comunidade e a proposta de melhorar sua qualidade de vida fizeram com que nos sensibilizássemos mais com relação à problemática do lixo. Percebendo o benefício da reciclagem, tanto para o meio ambiente quanto para as famílias que vivem disso, resolvi levar a ideia para a minha vida também. No supermercado, por exemplo, levo a bolsa retornável e evito comprar produtos com material não reciclável. São medidas que podem influenciar até o próprio estabelecimento”, conclui a aluna Marina Garani, uma das participantes do projeto.

Para o professor Paulo Sá, "a participação de estudantes de Medicina em ações de promoção de saúde que estejam voltadas para a melhoria das condições de vida da população, especialmente de comunidades desfavorecidas, é crucial para a sua formação mais completa, como profissional do cuidado. O mundo necessita mais do que nunca de profissionais engajados e sensíveis às condições de vida que implicam direta ou indiretamente no adoecimento da população", conclui o médico.

Campanha FASE-FMP RECICLA

A FMP/Fase implantou, em julho de 2012, a campanha FASE-FMP RECICLA. Desde então, a instituição separa todo o papel que não será mais reaproveitado para doar à Cooperativa D’Esperança, que atua na separação do material reciclável, empregando 28 pessoas em Petrópolis.  Até outubro, foram doados 119,2 kg de papel, além de 18 kg de livros e 5 kg de plástico. A instituição ainda pretende ampliar a coleta para demais materiais, como o plástico, metais, vidros e até mesmo lâmpadas, o que já vem sendo feito em parceria com a Comdep. Outra ideia é passar a receber o material reciclável da própria comunidade petropolitana, um projeto que está em fase de conclusão.