
Segundo Guimarães, apesar da cooperação com a Suíça já existir, as circunstâncias favorecem o estreitamento dessa relação. "Agora com o Ciência sem Fronteiras temos muitas outras razões para estreitar nossa cooperação", disse. O presidente da Capes apresentou ainda ao grupo o Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI), no qual estudantes brasileiros de licenciatura podem permanecer até 24 meses em universidades estrangeiras. "Queremos incluir a Suíça neste programa. Estamos interessados porque sabemos a importância da educação básica", disse.
Após apresentar o funcionamento do sistema educacional suíço, o chefe da Cooperação Bilateral da Secretaria de Estado para Educação e Pesquisa (SER), Mauro Moruzzi, afirmou que, apesar da Suíça ser um país que tradicionalmente preza pela internacionalização de sua educação, ainda é necessária a diversificação dessas relações. "Nossas relações de cooperação ainda são predominantemente com a Europa. Essa aproximação com o Brasil favorece a diversificação." Completou afirmando que desafios como linguagem e distância têm que ser transformados em oportunidades.
Também estiveram presentes na reunião a chefe da Assessoria Internacional do Ministério da Educação (MEC), Luciana Rocha Mancine; e o coordenador geral de Bolsas e Projetos da Capes, Geraldo Nunes.
Ciência sem Fronteiras
Lançado em dezembro de 2011, o Ciência sem Fronteiras já concedeu cerca de 18 mil bolsas. A meta do programa é oferecer 101 mil bolsas até 2015. Serão 75 mil por parte do governo federal e o restante com ajuda da iniciativa privada. A expectativa até o fim deste ano é chegar a 20 mil bolsas, com investimento aproximado de R$ 1,12 bilhão.
O programa promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio e da mobilidade internacionais de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação — doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.
Pelo programa, estudantes de graduação e de pós-graduação podem fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, o Ciência sem Fronteiras tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar, por tempo determinado, no Brasil.
Programa de Licenciaturas Internacionais
O programa tem como objetivo elevar a qualidade da graduação, tendo como prioridade a melhoria do ensino dos cursos de licenciatura e a formação de professores, por meio da ampliação e dinamização as ações voltadas à formação inicial e implementação de novas diretrizes curriculares para a formação de professores, com ênfase no ensino fundamental e no ensino médio.
Gisele Novais
Assessoria de Comunicação Social da Capes