Bruna Pereira Correia mudou-se em agosto para Presidente Prudente. A mineira de Uberaba começa a concretizar algo que sempre quis desde a infância: cursar Medicina. “Observava as pessoas e gostava de ajudá-las”, conta ela, que se imagina pediatra ou infectologista. É cedo para saber se retornará para casa, mas por enquanto o desejo é tratar pacientes no interior paulista. “Sempre tive vontade de iniciar ou entrar num projeto para pessoas carentes”. Pensamento grande e esforço ainda maior dominam Bruna. Além de estar disposta a atuar na saúde pública para contribuir na melhora da rede, pretende fazer intercâmbio, mestrado e doutorado.
Empenho também atende pelo nome de Braian Alexandre de Araújo. No 2º termo de Engenharia de Produção, viaja 170 km para estudar. Passa muito do seu tempo entre a estrada e a universidade, mas o garoto consegue ainda se dedicar ao trabalho em Bastos, onde mora. “Nunca tive condições de pagar o curso. Como fui bem no Enem, entrei e vi que era mesmo o que queria, estou gostando”. Araújo já se programa para tentar estágios e visualiza futuramente atuar nas etapas tecnológicas de fabricação e produção.
Quem também integra o time dos que viajam é Edcler Dias. Ele é de Presidente Bernardes (SP) e todo dia vai e volta para acompanhar as aulas. “Sinto-me especialmente motivado por saber que estudo em uma ótima universidade”. No mês que vem as viagens devem reduzir, pois o bernardense estará apto a lecionar. “Moro em cidade pequena e pretendo utilizar meus conhecimentos em minha cidade, para que ela cresça”. E ele quer o desenvolvimento do município com trabalho em projetos sociais, pois vê nesta área “condições para educar de maneiras diferentes”.
Camila Marçon está no 2º termo de Biomedicina. “Dou valor à universidade porque sei que nem tudo é fácil. Então, quando conseguimos temos que valorizar e aproveitar as oportunidades”. Ela é de Prudente e pretende sair da cidade, após formada, para cursar mestrado e doutorado. Enquanto vivencia a academia, é só elogios. “Gosto muito daqui, a estrutura é muito boa e os professores também”.
ProUni na Unoeste – Neste ano, a universidade concedeu 505 bolsas do ProUni, todas de 100%. Para 2013 ainda não há definição de quando começam as inscrições para o programa, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). A cada semestre, o interessado cadastra-se e depois tem que fazer entrevista e comprovar as informações em primeira ou segunda chamada e ainda é possível aguardar lista de espera. As comprovações são feitas no Setor de Atendimento ao Aluno (SAA), no campus I.
Para quem já pretende se programar, o coordenador do ProUni na Unoeste, Ricardo Sant’anna de Andrade, lembra os critérios estabelecidos pelo MEC para se candidatar a uma bolsa: ter feito o Enem no ano anterior da inscrição e obtido a nota mínima de 400 pontos; renda per capita de até 1,5 salário-mínimo; e satisfazer uma das seguintes condições – ter cursado o ensino médio completo na rede pública ou particular, esta na condição de bolsista integral; ser professor da rede pública (apenas para licenciatura) e, nesse caso, não é exigida a comprovação de renda.