A realização do exame – o segundo maior processo do gênero no mundo – é compartilhada com a Fundação Cesgranrio e vai contar com a participação, ao todo, de 5,7 milhões de estudantes. A UnB já usa o Enem para para preencher parte das vagas na Instituição.
“Serão de 12 a 15 milhões de correções, pois cada uma das provas será verificada mais de uma vez”, explica o diretor-geral do Cespe Ricardo Carmona. Para garantir a qualidade e a lisura do processo, o texto receberá de duas a quatro correções. Serão seis mil corretores integralmente dedicados ao processo. “Em último caso, uma banca será responsável por verificar os textos”, informa Carmona.
Além disso, o Cespe vai contar com aproximadamente 300 mil colaboradores, entre coordenadores, chefes de sala, aplicadores, seguranças, porteiros e outras funções, trabalhando em cada dia de aplicação do Exame. O Cespe será responsável pelo Enem no Acre, na Bahia, no Distrito Federal, no Espírito Santo, em Goiás, no Maranhão, em Minas Gerais, no Mato Grosso do Sul, no Pará, no Piauí, em Rondônia, no Rio Grade do Sul, em Sergipe e no Tocantins.
O total de candidatos inscritos nesses Estados, onde o Cespe aplicará as provas, é de 2.763.011. A Cesgranrio aplicará para outros 3.028.069 inscritos.
A preparação para a avaliação se inicia logo após as inscrições, quando as entidades responsáveis tomam conhecimento de quantos candidatos serão e a distribuição deles por região. “Aí começa a logística para distribuir a alocar os participantes, a preparação e a organização do material e o aluguel dos locais onde serão aplicadas as provas”, informa o diretor do Cespe.
As provas chegam aos mais de 15 mil locais, em todo o País, na manhã do dia em que são aplicadas e enviadas para Brasília e para o Rio de Janeiro – onde são corrigidas – na mesma noite. “Em hipótese alguma elas dormem no local, por motivo de segurança”, diz Carmona. Ele conta que, em uma das edições, chegaram a violar uma escola. “Mas as provas não estavam mais lá”, lembra.
Ricardo Carmona explica que o Cespe e a Fundação Cesgranrio são as únicas instituições preparadas para realizar o Enem no Brasil. “Nós temos a expertise e a experiência para esse grande evento. O que para a UnB é uma grande honra, por tudo o que o Enem representa para a educação no País e a magnitude que ele possuí. O que nós esperamos agora é que tudo transcorra bem”, defende.
CONCURSO – Este ano, o Enem terá 5.791.290 participantes. A maioria é de mulheres: 3.416.435 (59%) e 2.374.855 homens (41%). O maior contingente está em São Paulo, com 932.493 inscritos; Minas Gerais, com 653.074; e Bahia, com 421.731. O Rio de Janeiro teve 408.902 inscritos.
Em número de inscrições, são 2.421.459 brancos, 2.400.375 pardos e 694.158 pretos. As outras raças aparecem em menor número na prova do Enem: 132.323 orientais e 35.756 indígenas. Ainda existe, no entanto, grande quantidade de pessoas que prefere não declarar a raça (107.219).
No primeiro fim de semana de novembro, 11,5 milhões de cadernos de prova do Enem percorrerão 9.788 rotas para chegar a 15.076 locais de prova em 1.615 municípios, dentro de 48.341 malotes, que percorrerão um total de 305 mil quilômetros no território nacional. Nos 27 Estados trabalharão 450 mil fiscais, mobilizando ainda 72 batalhões do Exército, da Polícia Federal, Polícia Rodoviária e Polícia Militar.
O Enem mobiliza 566.617 trabalhadores. São 539.919 na aplicação das provas (235.747 aplicadores e 163.767 chefes de sala, dentre outros). O contingente encarregado do Enem inclui 7.122 funcionários dos Correios e 19.576 agentes de escolta.
(Com informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP)
UnB Agência
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