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Os números impressionam! Mais de 3 mil inscritos, apresentação de 994 trabalhos, sendo 781 comunicações orais e 213 pôsteres, além da participação de 23 instituições externas de sete Estados brasileiros. Com todo esse referencial, teve início na noite desta segunda-feira (22) o Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) da Unoeste. A comunidade acadêmica superlotou as dependências do Teatro César Cava, no campus I.
E nada melhor do que começar com arte o evento que traz como tema principal “Universidade sem fronteiras: da fragmentação à totalidade”. Ao som do violino e de apresentações de dança, que levaram o público à compreensão do diálogo entre o clássico e o contemporâneo, o professor Josué Pantaleão da Silva fez uma homenagem aos 40 anos da maior universidade do oeste paulista em uma pintura de tela, produzida em tempo real.
 
O diretor administrativo da Associação Prudentina de Educação e Cultura (Apec), mantenedora da Unoeste, Augusto César de Oliveira Lima, deu as boas-vindas a todos os presentes e ressaltou a grandiosidade do evento. Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Dra. Zizi Trevizan, é preciso fazer a transição do conhecimento fragmentado para o totalizante, ou seja, tomar cuidado com o pensamento específico para que ele não se torne certeza absoluta, não aberta a readequações e transformações. “A vida é movimento e a universidade precisa pensar em uma ciência dinâmica, pautada nos diálogos interdisciplinares e transdisciplinares”.  
 
A pró-reitora de Extensão e Ação Comunitária, mestre Angelita Ibanhes de Almeida Oliveira Lima, destacou que os trabalhos para a realização do Enepe tiveram início em fevereiro deste ano. “É um evento completo, com várias atividades culturais, artísticas, acadêmicas e científicas que constam na programação”, disse ela, que lembrou também os 40 anos da Apec, mantenedora da Unoeste.
 
O pró-reitor acadêmico, Dr. José Eduardo Creste, salientou a importância da Unoeste para a região e também a proposta da discussão de diversos assuntos, com a presença de profissionais renomados. “Vivemos em uma sociedade que necessita da universidade sem fronteiras, saindo da fragmentação para a globalização”.
 
O conferencista Antonio Natal Gonçalves, professor doutor do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), campus de Piracicaba (SP), promoveu reflexões sobre o tema central do evento, tendo ele um amplo currículo na tríade Ensino, Pesquisa e Extensão.
 
Apesar de ser um “fisiologista de árvores”, tem a arte muito presente em sua vida. Ele apresentou alguns paradigmas da ciência clássica e ciência nova para entender como se chegou à fragmentação. “É preciso fazer ciência para todo mundo, não somente para uma classe específica”. Natal falou que a universidade proporciona a formação por inteiro, por meio da relação entre diversas áreas. “A pesquisa, por exemplo, muda tudo: a forma de se dar a aula, o comportamento do aluno e quando se faz extensão, a mudança é maior ainda, pois se propõe essa relação com a comunidade”. Natal ainda fez uma referência a Rubem Alves sobre a diferença entre professor e educador. “O eucalipto se planta para cortar e o jequitibá não”.
 
A abertura do Enepe 2012 teve o apoio da Assessoria de Eventos Acadêmicos e Científicos da Proext. Houve interpretação das atividades por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para atender aos alunos surdos que estudam na universidade.