
De acordo com o francês, as relações entre os dois países vêm se estreitando há muito tempo. Ele citou o trabalho do antropólogo Claude Lévi-Strauss que durante sua estadia no Brasil deu aulas na Universidade de São Paulo e fez diversas expedições por tribos indígenas. A experiência rendeu o livro “Tristes Trópicos”, um dos importantes na área de antropologia do século passado.
Segundo a secretária de Relações Internacionais da UFJF, Rossana Melo, a França tem sido um dos países com os quais mais acordos tem sido estabelecidos. “Este é o 13º acordo com instituições francesas nos últimos dois anos. Tem havido um procura muito grande pelo país por parte dos brasileiros e também no sentido contrário”, afirmou.
Para Portier uma série de fatores atrai pesquisadores estrangeiros ao Brasil. Ele destacou a emergência do país no cenário internacional e a qualidade dos professores e pesquisadores.
Pesquisador da área de Ciência da Religião, Portier também citou semelhanças entre fenômenos sociais dos dois países. Segundo ele, na França o crescimento dos evangélicos e do número de ateus é um acontecimento recente, enquanto no Brasil isto já vem se desenrolando há mais tempo. Daí o país ser um quadro de referência para entender o movimento.
Além de assinar o convênio, o professor Phillip Portier ministrará o curso “Elementos de análise da secularização e evolução do catolicismo na França e das laicidades européias”, durante os dias 22, 23 e 24, no horário das 14h as 17h, na sala C-II-05 do prédio novo do Instituto de Ciências Humanas .